O último gol de Dudu havia saído ainda na Libertadores

O último gol de Dudu havia saído ainda na Libertadores

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

Cinco meses depois, Dudu voltou a marcar um gol pelo Grêmio. Neste domingo (21), o atacante garantiu o triunfo do time gaúcho diante da Chapecoense, na Arena, em Porto Alegre: 1 a 0. O camisa 7 encerrou um jejum de incríveis cinco meses sem balançar as redes e manteve o tricolor perto do G-4 após a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O último gol de Dudu havia saído ainda na Libertadores. Em 30 de abril, ele marcou diante do San Lorenzo e levou a disputa por uma vaga nas oitavas de final do torneio para os pênaltis. Desde então, 21 partidas e nada de bola na rede. Talvez sendo guardado para um jogo irregular do Grêmio.

A vitória em casa deixa o Grêmio com 39 pontos, mas o triunfo do Corinthians em cima do São Paulo, mais cedo, frustrou o plano de entrar na zona de classificação à Libertadores. A Chapecoense, por sua vez, continua com 24 pontos e mais perto da parte debaixo da tabela.

O resultado foi construído logo no começo e foi fruto da velocidade. No resto do confronto, o Grêmio oscilou bastante, mas foi o suficiente para ganhar pela décima primeira vez no campeonato.

Fases do jogo: A Chapecoense não ficou esperando o Grêmio na defesa, tratou de adiantar a marcação para quebrar a saída de bola do time dirigido por Felipão. Deu certo até um certo ponto, pois foi justamente na ligação direta, no chutão para frente, que os donos da casa marcaram.

Barcos, recuperado das dores na coxa esquerda, dominou um chutão dado por Geromel e serviu Luan. O camisa 26 tentou driblar o goleiro, mas não conseguiu. A bola, contudo, se ofereceu para Dudu e o camisa 7 encheu o pé. Chute cruzado, rasteiro e que ainda bateu no pé da trave antes de entrar.

O lance encerrou um jejum de quase cinco meses do atacante. O último gol de Dudu havia sido diante do San Lorenzo, pela Libertadores, em 30 de abril. Neste meio tempo, ele participou de 21 jogos e passou incólume. A jogada feliz também alterou o panorama da partida.

A Chapecoense passou a atacar mais, ganhando posse de bola no meio-campo. O Grêmio esperava os espaços para contra-atacar, usando a velocidade de Dudu e Luan. Mas a dupla não conseguiu repetir o bom desempenho do começo e desperdiçou três jogadas diante de uma zaga toda exposta. Zé Roberto também teve chance, em cobrança de falta. O time visitante chegou perto de empatar de forma efetiva em apenas um lance. Com Fabiano, chutando forte de fora da área, mas para fora.

Na etapa final o Grêmio não criou tanto como antes e ainda viu a Chapecoense arriscar mais. A equipe comandada por Jorginho chegou a construir boa triangulação, mas sem arremate preciso. A entrada de Zezinho foi respondida com a troca de Felipe Bastos por Riveros. Luan, desligado no confronto, deu lugar a Fernandinho. E o camisa 77 renovou o fôlego do ataque.

O melhor: Barcos - argentino voltou a jogar, após dores na coxa esquerda, e iniciou a jogada do gol marcado por Dudu. Além disto, foi a principal figura de armação do time em todo o jogo. Criando outras boas chances.

O pior: Leandro - camisa 9 da Chapecoense chegou a furar em bola na frente da área do Grêmio. No resto do jogo, se mostrou isolado e desligado. Sem assustar Grohe.

Chave do jogo: Velocidade - foi com a velocidade de Luan e Dudu que o Grêmio marcou. O camisa 26 disparou após boa assistência de Barcos. Dudu acompanhou o lance e aproveitou a sobra para chutar e marcar. A rapidez ainda deu origem a boas tentativas do tricolor, especialmente no primeiro tempo.

Toque dos técnicos:

Felipão abriu mão de um meia central e jogou com três volantes e três atacantes. Matheus Biteco foi o volante que mais se soltou, tentando criar. Porém a função foi melhor desempenhada por Barcos, que em diversas vezes ficou recuado, distribuindo lançamentos e passes para Dudu, Luan e mais tarde Fernandinho.

Jorginho adiantou a marcação para forçar o passe longo do Grêmio, mas falhou atrás e levou o gol após um dos chutões tão desejados. Na frente, mesmo com a intensidade, não teve qualidade para arrematar e levar perigo ao gol defendido por Marcelo Grohe.

Para lembrar: Marcelo Grohe supera os 600 minutos sem levar gols. A última bola na rede foi contra o Santos, em jogo da Copa do Brasil. Quando Robinho aproveitou erro de Werley.

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