O Grêmio chegou aos 33 pontos na classificação e pulou para o terceiro lugar

O Grêmio chegou aos 33 pontos na classificação e pulou para o terceiro lugar

Do UOL, em Porto Alegre

Um ano e nove meses depois, 655 dias, sendo que destes mais de um ano foi sem sequer realizar uma partida, Douglas voltou a marcar. Neste domingo (12), o camisa 10 de 36 anos abriu placar para o Grêmio bater o Vitória por 4 a 0 pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena. Everton, Pepê e Jaílson completaram o placar. Com o resultado, o time azul, branco e preto dorme em terceiro.

Douglas não fez só o gol. Começou a jogada do segundo, ditou ritmo do meio-campo, auxiliou até mesmo na marcação, que não é sua principal característica. Uma atuação de luxo, que lembrou os melhores momentos do Maestro. Isso que atuou entre os reservas, já que o Grêmio preservou seus principais jogadores para o duelo com o Flamengo, quarta-feira, pela Copa do Brasil.

O Grêmio chegou aos 33 pontos na classificação e pulou para o terceiro lugar. Pode perder a posição caso o Internacional vença o Fluminense na segunda-feira no complemento da rodada. Já o Vitória ficou em 16º com 19 pontos.

Na próxima rodada, os gaúchos encaram o Corinthians, sábado, fora de casa. Já o Vitória recebe o Palmeiras, domingo, no Barradão.

Foi bem: Douglas volta a marcar após lesão
Em 26 de outubro de 2016 Douglas havia marcado pela última vez. Sofreu com duas cirurgias no joelho, ficou mais de um ano afastado dos gramados. Mas não se entregou, voltou aos poucos e reencontrou o gol neste domingo. 655 dias depois, o Maestro balançou as redes após aparar rebote de um cabeceio seu. E não foi só isso, foi destaque do jogo ao participar do segundo, logo em seguida, e também por ditar o ritmo do setor ofensivo gremista.

Foi mal: Meli `dorme´, Grêmio faz o segundo
Novamente Douglas foi protagonista no segundo gol. Mas dessa vez contou com duas `ajudas´ do Vitória. Primeiro o volante Meli que `dormiu´ na jogada e perdeu a bola. Em seguida, após boa batida de Jaílson, com força,o goleiro Ronaldo demorou para se atirar na bola e nasceu o segundo gol.

Improvisado, Marcelo Oliveira vai bem como zagueiro
Marcelo Oliveira fez uma função que não é a sua. Lateral esquerdo, jogou improvisado como zagueiro, como tinha ocorrido logo que chegou ao Grêmio. E foi bem. Não deixou espaços e mostrou que, caso necessário, poderá ajudar por ali.

Grêmio centraliza criação em Douglas e mantém a bola
Se os dois primeiros gols do Grêmio passaram diretamente por Douglas, não era diferente a imensa maioria das jogadas do Tricolor. Foi o camisa 10 que centralizou toda ação ofensiva da equipe. Com a conhecida capacidade de criação, observou dois lados de jogadores rápidos, Pepê e Marinho, acionando alternadamente cada um deles e deixando Jael livre apenas para concluir. Pepê foi a principal alternativa, contando também com a participação ativa de Matheus Henrique e até Jaílson, cuja característica defensiva é mais presente.

Vitória erra marcação e sofre desde o início
E a supremacia do Grêmio também se justificou na postura equivocada do Vitória. O time baiano postou-se no 4-4-1-1, com Neilton e Bou mais na frente. Ambos eram encarregados de conter os avanços de Matheus Henrique e Jaílson. Não conseguiram. E de quebra deixaram os quatro da linha de meio sobrecarregados com Douglas, Pepê e Marinho. O espaço entre o meio-campo e a zaga foi repetidamente explorado e o Vitória conseguiu perto de nada.

A pior defesa do campeonato: Interino não resolve problemas do Vitória
Contra os reservas do Grêmio, a defesa do Vitória justificou o posto de pior defesa do Brasileirão. Antes do jogo eram 32 gols sofridos, que pularam para 35 com um meio-campo com espaços e uma zaga que autorizou posse e criação gremista. Já atrás, o setor de retaguarda rubro-negro apenas assistiu Pepê marcar o terceiro, e Everton o quarto. O interino João Burse não conseguiu resolver os problemas da equipe, que já começaram antes mesmo de seu período no comando.

Foto: ROBERTO VINICIUS/ESTADÃO CONTEÚDO (via UOL)

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