Contratado pelo Vasco após a 7ª rodada, em substituição a Paulo Autuori, Dorival dirigiu o time em 25 partidas no Brasileiro, com apenas seis vitórias

Contratado pelo Vasco após a 7ª rodada, em substituição a Paulo Autuori, Dorival dirigiu o time em 25 partidas no Brasileiro, com apenas seis vitórias

Alvo prioritário da direção do Palmeiras para substituir o argentino Ricardo Gareca, Dorival Júnior pode encarar uma realidade familiar no histórico recente de sua carreira. Desde 2010 o treinador teve que lidar com a ameaça do rebaixamento em três oportunidades, dirigindo outros grandes do futebol nacional. E dentro de campo, o profissional conseguiu sucesso apenas na primeira delas.

Em setembro de 2010, Dorival assumiu o Atlético-MG em substituição a Vanderlei Luxemburgo, pouco depois de deixar o Santos devido ao célebre atrito com Neymar. A missão em Belo Horizonte era tirar o time da zona do rebaixamento. Em 14 rodadas, o técnico então conseguiu um aproveitamento de 57%, com sete vitórias, e escapou da degola.

Mas a carreira de Dorival enfrentou dificuldades em seguida. Depois de balanços positivos à frente de Cruzeiro, Vasco e Santos, o treinador não conseguiu mais se firmar em nenhum grande. Somente na temporada 2013 acumulou passagens por três forças do Rio de Janeiro: Flamengo, Vasco e Fluminense. Nos últimos dois, mais uma vez teve de enfrentar a luta contra o rebaixamento.

Contratado pelo Vasco após a 7ª rodada, em substituição a Paulo Autuori, Dorival dirigiu o time em 25 partidas no Brasileiro, com apenas seis vitórias. Acabou deixando São Januário a sete jogos do fim da disputa, com a equipe em 18º lugar, com chances já limitadas de evitar a queda.

Mas Dorival voltaria à ativa ainda naquele Brasileiro, com a mesma missão. O treinador foi contratado pelo Fluminense como uma espécie de bombeiro. Precisava livrar o time do rebaixamento em um projeto de apenas cinco jogos. Dentro de campo, o comandante conseguiu três vitórias e um empate, mas mesmo assim os cariocas ficaram entre os quatro últimos [o rebaixamento só não aconteceu porque mais adiante a Portuguesa foi punida pelo STJD por escalação irregular de um jogador].

No entanto, um alento para os palmeirenses pode residir nos números recentes de Dorival. Em seus últimos cinco trabalhos (Atlético-MG, Inter, Flamengo, Vasco e Fluminense), o treinador apresenta retrospecto de 55,07%, em aproveitamento de pontos que livraria qualquer time do risco de queda.

Dorival Júnior está fora do mercado desde o encerramento do trabalho de "tiro curto" no Fluminense, no fim de 2013. Nos últimos meses o treinador aproveitou para se reciclar e chegou a visitar o Chelsea. Em período de reflexão, afirmou em entrevista ao UOL Esporte em fevereiro passado que "esse é o pior momento técnico do futebol brasileiro de todos os tempos".

A expectativa é que Dorival se reúna com a direção do Palmeiras ainda nesta terça-feira para discutir a oferta de trabalho no clube.

Sobrinho de Dudu, um dos ícones de uma fase vencedora do Palmeiras, Dorival foi jogador do clube entre 1989 e 1992. Jogador defensivo de meio-campo, amargou um período complicado, com jejum de títulos. Em um dos episódios mais marcantes desta época, o volante quebrou a perna em uma disputa de bola com o são-paulino Raí.

Foto: UOL

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