O treinador ainda lembrou que viveu um processo semelhante no Santos. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images - retirada do UOL

O treinador ainda lembrou que viveu um processo semelhante no Santos. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images - retirada do UOL

Antes questionado em um início de ano tumultuado, Christian Cueva, hoje, é um dos destaques do São Paulo. O técnico Dorival Junior exaltou sua participação no trabalho de recuperação do atleta que, segundo ele, era um dos grandes problemas do time.

"Tem que ter igualdade no tratamento as pessoas. O Cueva, quando cheguei, era o grande problema do São Paulo, todos (os problemas) giravam em cima dele. Todos questionavam o quanto ele rendia, que ele estava totalmente fora do processo, que ele não se doava. Aos poucos ele foi resgatando tudo isso, sentiu confiança no trabalho desenvolvido", contou Dorival em entrevista à ESPN.

O treinador ainda lembrou que viveu um processo semelhante no Santos, quando teve que lidar com questionamentos em relação a Lucas Limas.

"Nossa comissão deu atenção a todos os jogadores, em especial ao Cueva. Eu sinto que ele abraçou essa ideia, acreditou nesta condição. Isso aconteceu com o Lucas Lima no Santos (quanto Dorival estava lá). Quando tem lealdade e você passa confiança, você consegue exigir tudo que ele precisa", acrescentou o treinador tricolor.

O treinador, inclusive, disse que a queda de produção nos últimos quatro jogos, nos quais o São Paulo empatou três e perdeu uma, está relacionada à ausência de Cueva, que estava defendendo a seleção peruana.  

"Nós temos uma equipe e dependemos muito destes jogadores. Quando tivemos a perda de um jogador como o Cueva, é normal que tenha uma queda", disse. 

Veja outras declarações de Dorival à ESPN Brasil

Seria diferente com Ceni?
"Eu poderia ter chegado antes mas talvez não tivesse encontrado um caminho. Não tem como imaginar que fosse diferente (com o Ceni ou com ele antes). Sinto que muita coisa aconteceu no São Paulo, para melhor. Com a própria chegada houve um comprometimento maior. Mas é um campeonato difícil. Eu acho que por tudo que foi feito, saio muito satisfeito"

Dificuldades de sair da zona do rebaixamento
´É uma situação bem complicada. Não pense que seja simples. Às vezes ouço que temos bons jogadores, isso é fato, mas tem um aspecto que é muito importante, mas infelizmente ele foi montado durante o brasileiro, onde as vezes a primeira equipe acaba perdendo pata equipes da zona do rebaixamento, tivemos esse exemplo com o Palmeiras perdendo para o Avaí. Para vocês verem um equilíbrio que teve neste campeonato, quando pega em formação, os problemas se avolumam. Uma equipe que não está preparada para passar por momento como esse. O que tivemos de colocar de todas as pessoas envolvidas neste complexo que é o São Paulo, com relação a fisiologia, fisioterapia, etc....  Todos deram contribuições muito valorosas. Não foi só colocar uma equipe em campo, todos sabem. Por isso valorizo tudo que passei ao longo destes 4 primeiros meses no clube´.

Time grande cai?
"Não é um processo fácil. Fico imaginando o que Carille passou por uma oscilação do Corinthians, e se assemelha muito entre as equipes de baixo e as que estão brigando por cima. Situações semelhantes com outra conotação, mas muito iguais. Todo mundo diz: time grande não cai. Mas cai sim... se você não tem um trabalho organizado que não flua para um caminho único, o risco é muito grande. Tudo que o São Paulo tem que servir como aprendizado, não pode ser apagado. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas não pode passar. Não desejo que passe esse tipo de situação" 

Começo de dificuldades
"Eu tinha noção do que enfrentaria. Quando tive o primeiro contato, disse que seria difícil até o final do primeiro turno. Não teríamos oportunidade de entrar com um trabalho de resultados rápido, só viria a acontecer a partir da penúltima ou última rodada do primeiro turno até as 8 primeiras do segundo turno, quando teríamos mais treinos... As rodadas foram complicadas, tivemos partidas vitoriosas, mas as oscilações aconteceram. Depois do tempo de trabalho, começamos a implantar o que queríamos e o segundo turno foi mais bem equilibrado. Ficamos entre a segunda e terceira  campanha (do segundo turno) por um bom tempo".

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