A jornada do Tricolor Paulista foi irreconhecível na noite desta quarta-feira, em Curitiba

A jornada do Tricolor Paulista foi irreconhecível na noite desta quarta-feira, em Curitiba

Do UOL, em São Paulo (SP)

Enfrentar o lanterna do Campeonato Brasileiro poderia significar tranquilidade para o líder São Paulo. Só que uma atuação completamente dispersa dos comandados de Diego Aguirre custou um tropeço indesejado. O empate por 1 a 1 com o Paraná Clube, na 20ª rodada, deixou o segundo colocado Internacional mais perto, com apenas um ponto a menos na tabela: 42 a 41. Os gaúchos venceram o Bahia por 1 a 0, em Salvador.

A jornada do Tricolor Paulista foi irreconhecível na noite desta quarta-feira, em Curitiba. O sistema defensivo parecia desorganizado, apesar do bom desempenho dos zagueiros Arboleda e Anderson Martins. E a saída rápida para o ataque foi sempre acompanhada de preciosismo ou desentendimento. Os mandantes se aproveitaram para buscar o empate após Nenê abrir o placar no começo do jogo e seguraram a pressão com uma retranca eficiente na etapa final.

Na próxima rodada, o Paraná pegará mais um paulista. No sábado, às 19h, a equipe de Claudinei Oliveira visita o Corinthians, em Itaquera. O São Paulo entra em campo no dia seguinte, às 11h, contra o Ceará. Mais de 40 mil ingressos já foram vendidos para o jogo no Morumbi.

Os melhores: Nenê e Silvinho
As principais jogadas passaram pelos pés deles. Nenê foi quem ajudou o São Paulo a puxar os contragolpes. De quebra, ainda fez o gol. Já o atacante do Paraná usou a velocidade para levar perigo ao gol de Sidão, também liderando contra-ataques e dando profundidade ao frágil time paranista.

Os piores: Liziero e Cléber Reis
O meio-campista do Tricolor paulista entrou no segundo tempo, na vaga do lesionado Hudson, e teve dificuldade para dar sequência às jogadas. Desarmá-lo era tarefa fácil para os donos da casa. Por outro lado, o Paraná tinha de lidar com os vacilos do zagueiro Cléber Reis, que entregou a bola no gol são-paulino.

Ex-santista dá presente para Nenê
Se o São Paulo chegou à Vila Capanema como favorito, o zagueiro Cléber Reis tratou de deixar esse status ainda mais em evidência quando se atrapalhou na saída de bola e foi desarmado por Nenê. Diego Souza arrancou e devolveu para o meia, que ficou livre após escorregão do também zagueiro Renê. Cara a cara com o goleiro Richard, a finalização terminou nas redes, aos sete minutos do primeiro tempo.

Time disperso, bicicleta para fora e castigo
O Tricolor Paulista já havia passado por apuros ao sair rapidamente em vantagem contra Vasco da Gama e Chapecoense. Mas o foco usual do time de Diego Aguirre foi essencial para que esses jogos não terminassem em tropeço. Contra o Paraná, mais uma vez a equipe ficou dispersa após abrir o placar. A marcação estava desorganizada e nada era feito com a bola.

O único lampejo veio aos 36 minutos, quando Nenê abriu para Rojas cruzar e Diego Souza matou no peito e mandou bicicleta por cima do gol de Richard. Na saída paranista, novamente os paulistas se perderam na bagunça defensiva e Júnior apareceu sozinho na área para fuzilar Sidão e buscar o empate.

Velho conhecido causa problemas ao São Paulo
Silvinho apareceu bem no Penapolense, no Campeonato Paulista de 2013. O São Paulo o contratou e, em questão de dias, o atacante foi escalado para jogo de mata-mata da Libertadores daquele ano. Silvinho não prosperou no Tricolor e saiu meses depois. Mas sempre que reencontra o ex-clube consegue causar problemas. Em 2014, chegou a marcar um gol pela Ponte Preta. Nesta quarta, foi o grande condutor do Paraná, com belas arrancadas e bolas paradas perigosas.

Aguirre pode ter baixas para a sequência do Brasileirão
Pouco depois do gol de Nenê, Hudson dividiu no meio de campo, perdeu a disputa e ficou caído com muitas dores na perna direita, apesar da arbitragem não ter marcado falta. O volante seguiu na partida até o intervalo, mas precisou ser substituído. Liziero entrou em seu lugar e acabou levando amarelo. Como estava pendurado, é desfalque certo para encarar o Ceará no domingo. Hudson precisará ser reavaliado.

Substituto é substituído e sai na bronca com técnico
Guilherme Biteco se lesionou ainda no primeiro tempo e precisou ser trocado por Claudinei Oliveira. O técnico optou por lançar Rodolfo para atuar aberto pela direita. Aos 28 minutos da etapa final, no entanto, Rodolfo já estava novamente no banco de reservas. Isso porque o treinador queria mexer no time para colocar o jovem Jhonny Lucas e resolveu sacar o camisa 20, que saiu irritado e não quis falar com Claudinei.

Em jornada ruim do Tricolor, Sidão se destaca
O goleiro são-paulino está acostumado a receber muitas críticas pelos lances de indecisão neste Campeonato Brasileiro. Mas o desempenho do camisa 12 nesta quarta foi excelente. Sidão fez duas defesas difíceis, uma em cada tempo. A primeira foi em falta de Guilherme Biteco, no canto esquerdo. A segunda foi em cabeçada de Grampola, no ângulo direito.

Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO (via UOL)

 

Últimas do seu time