Nem Ábila e nem Robinho. Cruzeirenses e atleticanos não comemoram nenhum título em 2016

Nem Ábila e nem Robinho. Cruzeirenses e atleticanos não comemoram nenhum título em 2016

Enrico Bruno, Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

O ano de 1964 foi diferente para o futebol mineiro. O título estadual ficou com o Siderúrgica, equipe de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, que não tem mais uma equipe profissional. Foi também a última edição do Campeonato Mineiro antes da inauguração do Mineirão, que aconteceu em setembro de 1965.

E desde então Atlético-MG e Cruzeiro ficaram ainda maiores. Títulos regionais, nacionais e internacionais foram colecionados pelos dois principais clubes de Minas Gerais, sem contar os estaduais. No entanto, a temporada 2016 vai ficar marcada de forma negativa na vitoriosa história de Atlético e Cruzeiro. Sem nenhuma conquista oficial, é a primeira vez que os dois rivais terminam o ano sem título desde 1964.

Foram 51 anos consecutivos com ao menos um título por temporada. Portanto, desde a inauguração do Mineirão, é a primeira vez que nem Atlético e nem Cruzeiro dão uma volta olímpica sequer.

Com maior investimento no futebol, o Atlético foi quem chegou mais perto. Foram duas finais, mas duas derrotas, para o América-MG, no Estadual, e para o Grêmio, na Copa do Brasil. Um duro golpe para os atleticanos, que tinham a expectativa de grandes resultados em 2016.

"A gente sai triste, decepcionado, porque a expectativa era muito grande, fizemos um investimento alto nos momentos certos. Agora é pensar em manter o elenco. Há muitos times com interesse nos jogadores. Temos quase dois meses para começar a Libertadores, não tem que desmerecer nada, é a quinta consecutiva. A gente sai vice e com o pensamento de disputar todos os campeonatos", disse o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno, após perder a Copa do Brasil para o Grêmio.

Já o Cruzeiro começou o ano com uma expectativa menor. Investimentos mais modestos e muitas apostas custaram caro ao clube celeste. Nenhuma final foi disputada em 2016. No Mineiro, queda na semifinal para o América e demissão do técnico Deivid. Após a aposta em Paulo Bento, Mano Menezes retornou à Toca da Raposa. Livrou a equipe de qualquer risco de rebaixamento no Brasileirão e até deu esperanças na Copa do Brasil, mas parou em outra semifinal, diante do campeão Grêmio. Mais um ano de decepções para os cruzeirenses, que depois do bicampeonato nacional, em 2013 e 2014, ainda não viram uma equipe suficientemente forte para voltar a ganhar títulos.

"Isso são coisas que acontecem, faz parte. Queremos sempre brigar por títulos em todos os campeonatos, mas infelizmente não foi assim nesse ano. Tivemos a oportunidade de chegar na decisão da Copa do Brasil, mas pegamos um adversário de muita tradição. Agora temos que fechar 2016 da melhor maneira possível para começar o próximo ano ainda melhor e com moral para buscar os títulos novamente", comentou o zagueiro Bruno Rodrigo.

Foto: UOL

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