MAURÍCIO SABARÁ: Paulo Rosati Júnior, você nasceu em São Paulo, mas seu conhecimento em culinária vem da velha Europa, especialmente de países como a Itália e a Áustria. O que foi passado pra você de tal tradição? Conte também sobre sua trajetória.
PAULO ROSATI JÚNIOR: Minha inspiração vem da minha Vovó Helena, que desde pequeno me levava para a cozinha para cozinhar junto com ela. Foi assim que aprendi a fazer o Pirue desde pequeno.
Hoje tenho um restaurante, com receitas de família.
MS: Seu prato principal é o Pirue. Comente sobre essa delícia.
PRJ: O Pirue é uma pasta com formato de meia lua tamanho de mão, tendo recheio de batata e queijo branco, massa esta que é cozida e acompanhada de um molho austríaco a base de linguiça portuguesa, paio, bacon, pernil, azeito na chilena ao cozimento de tomates frescos.
MS: Além do Pirue, quais são os outros pratos que gota de preparar? Explique resumidamente sobre cada um deles.
PRJ: Faço também uma deliciosa lazanha e a Torta Filatonni, também com molhos caseiros de família.
MS: Houve alguma comida que você experimentou da qual tenha marcado mais?
PRJ: Ah, o gnochi (nhoque) que aprendi a fazer e a torta de limão à moda antiga caseira. Não posso deixar de lado o pudim de leite condensado, que também é minha especialidade.
MS: Quais são os países que você aprecia mais a culinária?
PRJ: Acho a culinária italiana, austríaca e a polonesa. São maravilhosas!
MS: Destaque um pouco a culinária brasileira. Quais as suas preferências?
PRJ: Adoro a feijoada e suas carnes nobres. Também aprendi a fazer a tradicional comida brasileira da mais completa até a light.
MS: O Perue fez grande sucesso na década de 70 quando foi apresentado no programa da Ofélia. Qual é a sua opinião sobre os programas atuais de comida na televisão?
PRJ: Os programas atuais focam em receitas comuns ou em programas de disputa entre amadores ou profissionais. O que falta, talvez, seja fazer apresentações de pratos de família como a Ofélia fazia.