Isso porque o Figueirense é o pior ataque da competição e marcou apenas cinco gols em todo o Brasileirão, 18 a menos que o líder Cruzeiro

Isso porque o Figueirense é o pior ataque da competição e marcou apenas cinco gols em todo o Brasileirão, 18 a menos que o líder Cruzeiro

Dionizio Oliveira

Do UOL, em Belo Horizonte

Única novidade do líder Cruzeiro para o jogo contra o Figueirense, neste sábado, às 18h30, o zagueiro Dedé terá a missão de manter o bom momento que a equipe atravessa e substituir Manoel, que vinha em ótima fase. Após dois meses sem disputar uma partida oficial, o jogo pode ser considerado ideal para a volta do defensor.

Isso porque o Figueirense é o pior ataque da competição e marcou apenas cinco gols em todo o Brasileirão, 18 a menos que o líder Cruzeiro. Somente Ricardo Goulart marcou sete gols em oito jogo disputados, enquanto Marcelo Moreno fez os mesmos cinco tentos em sete partidas. A defesa celeste, por sua vez, foi vazada 12 vezes em 11 partidas.

A fragilidade ofensiva do rival, que só balançou a rede em quatro dos 11 jogos, aliado ao fator casa, poderá ajudar o trabalho de Dedé. Como os mineiros esperam um adversário recuado, o zagueiro não deverá ser tão exigido ao longo dos 90 minutos e poderá ser uma boa partida para recuperar a confiança.

O defensor não atua em uma partida oficial desde o dia 17 de maio, quando sofreu a lesão no ligamento do joelho direito diante do Coritiba. Na ocasião, o time celeste venceu por 3 a 2 e ainda assim ele saiu bastante criticado pela torcida, que viu falhas nos dois gols do adversário.

O próprio jogador reconheceu em entrevista coletiva durante a semana o momento ruim que atravessa antes da lesão, admitindo o baque da não convocação para a Copa do Mundo e a eliminação da Libertadores. Ele classificou como "cinco jogos para apagar" em sua trajetória pelo clube.

O zagueiro ficou duas semanas realizando treinos específicos e aprimorando a parte física, trabalhando até nos dias de folga, para voltar inteiro. E conta com a confiança do técnico Marcelo Oliveira, que optou por escalá-lo como titular logo de início.

"A diretoria fez um esforço muito grande para contar com o jogador e eu também fiz esse esforço para que o Dedé viesse para o Cruzeiro. Confio muito nesse jogador, é de seleção, está retomando o seu lugar", afirmou o treinador.

Contando com a experiência do camisa 26, Marcelo Oliveira também cobrou mais concentração e alertou para a forte concorrência para o jogador se manter na equipe. "O que ele precisa ter consciência, e isso venho conversando muito com ele, é que o zagueiro precisa só defender o gol, não precisa atacar", disse.

"O zagueiro, por muitas vezes, é avaliado de forma diferente do atacante. O atacante é avaliado pelo que acerta e o zagueiro por aquilo que errou", comentou. "Passamos a monitorar ele agora porque temos quatro zagueiros excepcionais para jogar", acrescentou.

O próprio Dedé se mostrou ciente da disputa acirrada que terá na zaga e o trabalho para se manter na equipe. "O Léo e o Manoel são dois grandes zagueiros, jogariam de titular em qualquer time do mundo. O Cruzeiro está muito bem servido, qualquer um que jogar dá conta do recado. Ainda tem o Bruno e o Alex. O Manoel para mim foi o maior zagueiro do Brasil no ano passado e continua nessa mesma pegada", destacou.

Confiante após estender o período de recuperação da lesão, o defensor diz estar com saudades de defender a camisa celeste e espera fazer um bom papel contra os catarinenses. "Estou com muita saudade, muita vontade. Ver os companheiros jogarem sabendo que você não pode é muito ruim. Mas essa vontade, se Deus quiser, sábado vai se concretizar e vou tentar fazer o melhor pelo Cruzeiro", ressaltou.

Foto: UOL

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