O resultado na Arena do Grêmio poderia até ter sido outro, mas pesou a efetividade do Cruzeiro

O resultado na Arena do Grêmio poderia até ter sido outro, mas pesou a efetividade do Cruzeiro

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

O virtual campeão brasileiro precisou de 10 minutos para virar um jogo que parecia perdido. Após primeiro tempo fraco e dominado pelo Grêmio, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro marcaram e quebraram a ascensão do time dirigido por Luiz Felipe Scolari. A vitória de 2 a 1 nesta quinta-feira, em Porto Alegre, deixa a equipe de Belo Horizonte a uma vitória da nova conquista.

A vitória leva a equipe comandada por Marcelo Oliveira aos 73 pontos e no domingo, contra o Goiás, até um empate serve para render o segundo título consecutivo e o terceiro na era dos pontos corridos. Já o Grêmio perde após seis partidas e fica nos 60 pontos, na sexta colocação.

O resultado na Arena do Grêmio poderia até ter sido outro, mas pesou a efetividade do Cruzeiro. Dominado no primeiro tempo, inverteu completamente o confronto após o intervalo.

Fases do jogo: O primeiro tempo foi todo do Grêmio, do início ao fim. Como se estivesse em uma rotação diferente do Cruzeiro, o tricolor foi ganhando campo e posse de bola progressivamente. Mesmo sem Fellipe Bastos o esquema com três volantes funcionou e Ramiro outra vez apareceu como elemento surpresa. A marcação pressão e troca constante entre o trio Luan, Dudu e Barcos fez o time mineiro penar nos minutos iniciais.

E aos 12, Riveros fez valer a pena todo o esforço dos dirigentes para trazê-lo do amistoso da seleção paraguaia. O volante pegou um rebote na frente da área e encheu o pé para fazer 1 a 0. Antes dos 30 minutos metade dos jogadores poupados por Marcelo Oliveira precisou ir a campo. Primeiro foi Ceará quem sentiu e acabou substituído por Mayke. Depois foi a vez de Marquinhos sair mais cedo para a volta de Willian.

O domínio tão grande, o volume tão superior, virou motivo para lamento depois. Porque o Grêmio, de senhor do jogo e atuação irrepreensível, perdeu duas chances. Barcos acertou a trave com um cabeceio e a bola andou em cima da linha, não entrando por milímetros. Ramiro chutou em cima de Fábio e desperdiçou.

A lamentação do time gaúcho se explica pelo segundo tempo do Cruzeiro. Depois do intervalo, voltou a campo o virtual bicampeão brasileiro. O Cruzeiro da marcação pressão, da intensidade. Dos atacantes em alta velocidade. E o Grêmio não resistiu, foi cedendo aos poucos. Ricardo Goulart empatou aos 20 minutos depois de uma pressão idêntica ao dos donos da casa na primeira etapa. E Everton Ribeiro virou aos 30, em contra-ataque mais que veloz.

Como se não bastasse cair de produção, os donos da casa também ficaram sem Barcos em seu 100%. O argentino sentiu o tornozelo direito em uma dividida e passou a jogar no sacrifício. O problema pode explicar o gol perdido por ele aos 25 minutos, a menos de dois metros da linha do gol. Fábio saltou para defender o que parecia certo. Mais tarde, o gringo foi sacado para entrada de Lucas Coelho. Alán Ruiz e Giuliano também foram chamados por Felipão, mas não adiantou nada. O Cruzeiro já havia acordado e virado.

Melhor: Everton Ribeiro - discreto no primeiro tempo, cresceu como todo o Cruzeiro no segundo tempo. Cobrou o escanteio que terminou com o gol de Ricardo Goulart e fez o segundo, em chute rasteiro no canto esquerdo de Marcelo Grohe.

Pior: Júlio Baptista - camisa 10 fez jogo fraco mesmo quando o Cruzeiro melhorou. No primeiro tempo teve a seu favor a única finalização do time mineiro, de fora da área. Mas sem perigo. O que pode ser resumo de sua atuação.

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