Durante toda a partida foi comum ver os 11 atletas palmeirenses atrás da linha da bola

Durante toda a partida foi comum ver os 11 atletas palmeirenses atrás da linha da bola

Do UOL, em São Paulo

O Palmeiras foi para o Mineirão para só se defender e fez muito bem a função. O time paulista chegou a sair na frente na noite desta quarta-feira (22) no fim do 2º tempo, mas cedeu o empate para o Cruzeiro nos acréscimos: 1 a 1.

A partida pareceu um jogo de ataque contra defesa, e Fernando Prass voltou a mostrar o motivo de ser considerado peça-chave no elenco palmeirense, com ótimas defesas. Por ironia do destino, no segundo tempo, o goleiro acabou facilitando no gol do Cruzeiro e lamentou o empate. Os gols foram de Pablo Mouche e Dagoberto.

Durante toda a partida foi comum ver os 11 atletas palmeirenses atrás da linha da bola. Por isso, o ponto heroico conquistado foi muito comemorado. Só não mais por tomar o gol de empate nos acréscimos após sentir o sabor da vitória.

Agora, a equipe de São Paulo tem 35 pontos e continua com uma margem apertada longe da zona de rebaixamento da tabela do Brasileirão. Já os líderes chegam aos 60 pontos e podem ver a folga diminuir caso o São Paulo vença a Chapecoense nesta noite.

Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Corinthians, às 16h20 de sábado, no Estádio do Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Cruzeiro vai a Florianópolis encarar o Figueirense, no Orlando Scarpelli.

Fases do jogo: O Cruzeiro começou dominando o jogo no melhor estilo Barcelona, encurralando o Palmeiras no seu campo. A equipe paulista não se importou em se limitar a dar chutões.

Aos 20 minutos, Prass fez o primeiro milagre com dois chutes de dentro da pequena área logo depois de um levantamento na área que parou na trave. Aos 30 minutos, os donos da casa já tinham finalizado seis vezes contra só um dos visitantes, com chute de longe de Juninho. Os mineiros ainda tiveram um gol anulado por toque de mão.

O segundo tempo começou com a mesma tônica. Os cruzeirenses dominando a bola e as ações do jogo, com o Palmeiras acreditando no contra-ataque.

Aos 10, Goulart cabeceou cruzamento de Everton Ribeiro e animou os torcedores.. Aos 12, em falta perigosíssima, Egídio colocou a bola à direita de Prass. O Palmeiras então, começou a aproveitar o desespero dos donos da casa e quase fizeram o primeiro aos 40 minutos do 2º tempo, com a bola sendo afastada em cima da linha. Aos 43, o mesmo Pablo Mouche fez o gol em contra-ataque perfeito, com assistência de Henrique. Dagoberto empatou nos acréscimos após rebote de Prass.

O melhor: Fernando Prass. O Palmeiras entrou no esquema para se defender e confiou em Prass quando sua zaga não segurava as bolas. E deu certo. O goleiro fez um milagre no primeiro tempo e, depois, quando exigido, também segurou as bolas. A partida mostrou porque ele é essencial para sua equipe. Vale nota para Pablo Mouche, autor do gol do empate.

O pior: Os atletas de frente cruzeirense. O melhor ataque do campeonato não mostrou o motivo de ter esse status. A equipe sofreu muito para furar a retranca alviverde e nem pareceu que o duelo era contra a pior defesa do torneio. O tento foi marcado só nos acréscimos.

Toque dos técnicos: Dorival preferiu se fechar completamente, escalando Henrique isolado à frente, sem companhia no ataque. Mazinho foi escalado como meia ao lado de Bernardo. A esperança era não tomar nenhum gol. Já Marcelo Oliveira não surpreendeu muito, escalou Leo no lugar de Manoel. Logo aos 38 minutos, Goulart entrou no lugar de Alisson, que saiu machucado.

No segundo tempo, o Cruzeiro mudou para ir para cima. Marcelo Oliveira trocou Marquinhos, que ficou sumido na etapa inicial, para a entrada de Willian, que também tem a velocidade como principal característica. Já os palmeirenses voltaram igual. Aos 30, o Cruzeiro se jogou para cima, com Dagoberto no lugar de Henrique.

Para lembrar:

Um baile. O primeiro tempo terminou com o Cruzeiro finalizando 10 vezes contra apenas uma do Palmeiras. A posse de bola ainda ficou em quase 65% com os donos da casa, que ainda trocaram 268 passes contra 115 dos palmeirenses.

Estava com saudades. O Cruzeiro não recebia o Palmeiras no Mineirão desde setembro de 2009. A última vez que o encontro aconteceu no estádio, os palmeirenses venceram de virada por 2 a 1, com gols de Diego Souza e Vagner Love.

Capitão novo. Sem Valdivia, Dorival Júnior escolheu dar a faixa para o volante Wesley. Quando foi substituído, no segundo tempo, o capitão passou a ser Fernando Prass.

Dorival Júnior expulso. O treinador do Palmeiras se irritou bastante com a falta de cartão amarelo para Egídio. O lateral já tinha sido advertido e, caso recebesse outra punição, seria expulso. E o palmeirense tinha razão.

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