O Atlético-MG anunciou, na manhã desta quarta-feira, um acordo com a rede Supermercados BH. A companhia estampará sua marca nas costas do uniforme alvinegro, abaixo do número dos atletas, até o fim da atual temporada. O curioso é que o proprietário da empresa, Pedro Lourenço, é torcedor fanático do arquirrival Cruzeiro. Recentemente, ele financiou contratações do atual bicampeão brasileiro.
A parceria com o vice-líder do Brasileirão é uma forma de expandir os seus negócios em Minas Gerais. Pedrinho, como o empresário é conhecido, quer desvincular a imagem de sua firma ao clube de coração e se aproximar de outras agremiações.
No início deste ano, o conselheiro nato do Cruzeiro financiou a contratação de Giorgian De Arrascaeta. O atleta que pertencia ao Defensor Sporting, do Uruguai, custou 4 milhões de euros (R$ 12 milhões) aos cofres do clube. À época, o empresário desembolsou 50% do valor para que o meia-atacante chegasse à Toca da Raposa II.
O montante investido por Pedrinho na contratação do jogador que defendeu a seleção comandada por Óscar Tabárez na edição mais recente da Copa América será quitado em prestações pela diretoria, conforme revelou Valdir Barbosa, ex-gerente de futebol do clube, no início do ano.
"O Pedrinho dos Supermercados BH se dispôs a arcar com 50%. O Pedrinho adiantou a metade do dinheiro que era para fazer o pagamento imediato. Os outros 2 milhões nós dividimos em 29 prestações de 70 mil euros para não apertar muito", disse à época.
A transação do uruguaio que veste a camisa 10 cruzeirense é apenas um dos negócios que contou com a participação do dono dos Supermercados BH. Ele contribuiu também nas contratações dos zagueiros Léo e Victorino, dos apoiadores Montillo e Éverton Ribeiro e do centroavante Wellington Paulista.
Caso não é novidade em Minas Gerais
Muitos podem achar estranho o fato de um empresário que tem relação íntima com o Cruzeiro patrocinar o arquirrival Atlético-MG. Mas a situação inversa já aconteceu nos grandes de Belo Horizonte. Ricardo Guimarães, ex-presidente do clube alvinegro e que participou da diretoria do Banco BMG, protagonizou uma situação semelhante.
Mandatário do Atlético entre 2001 e 2006, Ricardo foi um dos responsáveis por erguer a Cidade do Galo, um dos melhores centros de treinamentos do país. Ele chegou a emprestar dinheiro pessoal para quitar dívidas e contratar atletas para o clube no decorrer de sua gestão, que ficou marcada pelo rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Seis anos depois de deixar o clube do coração, a instituição financeira presidida tornou-se a principal patrocinadora dos rivais mineiros. O Banco BMG estampou a sua marca nos uniformes de Cruzeiro e Atlético entre janeiro de 2010 e dezembro de 2014. Parte da torcida cruzeirense contestava a presença da companhia no material esportivo.
Foto: UOL
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