O Coritiba finalmente voltou a comemorar no Couto Pereira. Neste domingo (6), pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, anulou completamente a Chapecoense e venceu por 2 a 0, com gols de Alecsandro e Rildo.
Fazia dois meses que o Coxa não somava três pontos em seu estádio, e o tabu caiu de forma muito bem-vinda: a equipe reage no Brasileirão e abre seis pontos da zona de rebaixamento. A segunda vitória seguida permite ao Coxa pensar, quem sabe, em objetivos maiores do que fugir do descenso: com 25 pontos, visita o lanterna Atlético-GO no sábado (12).
Já a Chapecoense, com 22, chega a três rodadas sem vencer e é obrigada a olhar para trás. No entanto o próximo compromisso pelo Nacional é apenas no dia 20, contra o Palmeiras. Até lá a equipe catarinense tem amistoso com o Barcelona, nesta segunda-feira (7), e encara o Urawa Red Diamonds, pela Copa Suruga, na semana que vem.
O camisa 11 foi quem teve mais mobilidade na partida. Produziu bem escapando pelos lados, mas foi por dentro que fez lindo gol pouco antes do intervalo. Quando o Coxa recuou um pouco no segundo tempo, serviu de válvula de escape para os contra-ataques e até deu belo chapéu no equatoriano Pinilla.
É possível julgar os erros da Chape como desorganização da defesa como um todo, mas o camisa 3 deveria ter ido melhor nos lances dos gols adversários. Ele foi antecipado por Alecsandro na bola aérea e também demorou demais para dar combate a Rildo, dando espaço para o chute.
O centroavante balançou a rede pela primeira vez desde seu retorno ao Coxa. Foram 11 jogos em branco, mas desta vez Alecsandro aproveitou cruzamento de Thiago Carleto e desviou a gol — em posição de impedimento. Ele foi participativo, ajudou defensivamente e segurou os zagueiros adversários: foi bem.
A vitória deste domingo encerra uma sequência extremamente difícil para o Coritiba em casa. A equipe não vencia no Couto Pereira desde 7 de junho, quando bateu o Palmeiras. Desde então amargou seis tropeços seguidos em seus domínios (três empates e três derrotas) até superar a Chapecoense.
Dois gols do Coxa saíram dos únicos chutes a gol em todo o primeiro tempo. O time da casa propôs mais o jogo desde o início, mas nunca foi dominante ou absoluto. Sobressaiu-se como que por inércia, um resultado natural pela morosidade da Chapecoense — que não acertou nada e ainda foi negligente na marcação.
Não foi uma atuação feliz. Pouca presença ofensiva e meio-campo improdutivo até o intervalo. Dois erros defensivos, um na bola aérea e outro na recomposição, culminaram em dois gols adversários. A entrada de Pinilla deixou o time mais agudo na segunda etapa, mas o equatoriano também não conseguiu definir as jogadas.
Com oito meses de atraso, a Chapecoense enfim atuou no Couto Pereira. A equipe deveria ter jogado ali a finalíssima da Copa Sul-Americana do ano passado, mas o destino não quis assim. O elenco condá sofreu acidente aéreo na semana anterior, quando viajava à Colômbia para o jogo de ida contra o Atlético Nacional. O Coritiba, então, usou seu estádio para uma homenagem às vítimas e reuniu 30 mil pessoas. Neste domingo, a tristeza deu lugar ao futebol.
O time da casa estreou uniforme em homenagem à Força Expedicionária Brasileira, força militar do Exército que combateu os países do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Na época, dois atletas do Coxa foram convocados para lutar na Itália: Neno e Altevir. O verde oliva da nova camisa faz referência à cor padrão dos uniformes usados em combate.
Coritiba 2 x 0 Chapecoense
Data: 06 de agosto de 2016
Local: Estádio Major Couto Pereira, Curitiba-PR
Hora: 16h00 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)
Cartões Amarelos: não houve
Cartão Vermelho: não houve
Gols: Alecsandro aos 21´, e Rildo aos 43 minutos do primeiro tempo.
Coritiba: Wilson; Léo, Marcio, Luizão e William Matheus; Jonas, Alan Santos e Matheus Galdezani (João Paulo); Thiago Carleto (Neto Berola), Rildo (Filigrana) e Alecsandro. Treinador: Marcelo Oliveira.
Chapecoense: Jandrei; Diego Renan, Douglas Grolli, Fabrício Bruno e Roberto; Andrei Girotto, Luiz Antonio (Penilla), Lucas Marques e Seijas (Fernando Guerrero); Arthur e Júlio César (Túlio de Melo). Treinador: Vinícius Eutrópio.
Foto: Cleber Yamaguchi/AGIF - retirada do UOL
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