O Corinthians não esconde a preocupação com a falta de jogos durante a Copa do Mundo. A parada do Mundial da Rússia afetará as receitas da Arena de Itaquera, que ficará até 37 dias sem partidas oficiais. Diante da situação, a diretoria alvinegra elabora um plano para minimizar o impacto no período.
De acordo com Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians e número um da Arena após a saída do superintendente Lúcio Blanco, a ideia é disputar amistosos no estádio durante a Copa do Mundo para criar receitas. Data e adversários, entretanto, ainda não estão definidos.
A bilheteria das partidas disputadas na Arena é a maior fonte de receitas oriundas de eventos realizados no local. Todo o montante é destinado a um fundo responsável pelo pagamento da construção do estádio. Os jogos ainda proporcionam renda ligada ao estacionamento e à venda de camarotes.
Sem o calendário normal de partidas oficiais, o Corinthians sofrerá um impacto grande. Somente neste mês de maio, o clube viu a renda líquida de cinco jogos somar R$ 6,9 milhões. Em março, cinco partidas renderam R$ 7,1 milhões ao fundo do estádio. No ano passado, a equipe entrou em campo cinco vezes no mesmo período da parada da Copa. A receita com a bilheteria atingiu R$ 6,1 milhões.
A falta de jogos oficiais acontece em meio a dificuldades do Corinthians em pagar a construção da Arena. O clube chegou a ficar 18 meses sem repassar as parcelas do financiamento do BNDES à Caixa Econômica. Antes de interromper o pagamento, o clube havia quitado apenas oito parcelas no valor de R$ 5,6 milhões.
Em novembro, o Corinthians voltou a honrar o compromisso parcialmente. No dia 13 de abril, enfim, a diretoria passou a pagar as parcelas de forma integral. O empréstimo original é de R$ 400 milhões, com prazo para o término do pagamento em 2028. O clube tentou, ainda sem sucesso, diminuir o valor da parcelas até 2020.
A Arena Corinthians foi orçada inicialmente em R$ 820 milhões, mas no início de 2014 o valor pulou para R$ 985 milhões. Hoje, a dívida corintiana em relação à Arena atinge R$ 1,79 bilhão, composta pelos repasses à Caixa, mais R$ 631 milhões em debêntures, R$ 39 milhões em garantias da Odebrecht e R$ 346 milhões diretamente com a construtora. Os juros, no valor de R$ 285 milhões, completam a conta.
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