O roteiro da derrota por 2 a 0 para o Bahia neste domingo (15) não teve qualquer novidade para o Corinthians. O time mais uma vez não jogou bem, criou pouco e ficou longe de repetir aquele desempenho do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. A diferença, desta vez, foi que o adversário soube aproveitar as chances que teve: Vinícius abriu o placar, e Régis ampliou com o gol vazio.
Esta é a quarta derrota do time de Fábio Carille no Brasileirão, o que mantém intocada as contas do técnico: faltariam 15 pontos para o heptacampeonato. O Corinthians tem 58, nove à frente do Grêmio e dez a mais que o Santos, que fecha a rodada contra o Vitória na segunda-feira (16) e por isso tem chance de encurtar a distância. A contagem pode mudar no duelo direto com o Grêmio, às 21h45 (de Brasília) de quarta-feira (18), em Itaquera. O Bahia, por sua vez, sobe ao 10º lugar com 35 pontos e respira na luta contra o rebaixamento antes de visitar o Flamengo na quinta (19).
A exemplo da ótima partida no meio de semana, contra o Palmeiras, o meia foi decisivo mais uma vez. Foi a principal válvula de escape no segundo tempo, quando o Bahia apostou na velocidade, e ainda desarmou Fagner dentro da área para dar assistência a Vinícius.
Dois dos pilares da espantosa campanha do primeiro turno, os laterais estiveram abaixo do que podem render. Guilherme Arana errou cinco passes só no primeiro tempo e levou a pior nas disputas com Zé Rafael em seu setor. Do outro lado, Fagner vacilou e foi desarmado dentro da área no lance que resultou no gol do Bahia.
Não foi por acaso que Zé Rafael levou perigo duas vezes nos primeiros 25 minutos. Neste período o time da casa teve presença frequente na área corintiana, resultado de certa organização da segunda linha corintiana, que começou o jogo marcando mal. Zé Rafael teve gol corretamente anulado aos 18 e, cinco minutos depois, chutou colocado para boa defesa de Cássio.
Passados 30 minutos de atuação monótona, a equipe alvinegra finalmente fez Jean trabalhar em bom cabeceio de Jô. Foi o melhor desfecho entre os vários cruzamentos tentados no primeiro tempo (dez errados). À parte os muitos erros de passe (27), o Corinthians ao menos passou a marcar melhor e a cuidar da bola, assim esfriando o ímpeto adversário até o intervalo.
O intervalo foi precedido por dez minutos de angústia para o corintiano, pois o Bahia esteve perto do gol. Vinícius teve a melhor chance ao aproveitar sobra de bola na entrada da área, mas mandou fora. O Bahia até aumentou a velocidade na transição, mas parou na própria falta de capricho.
A entrada de Marquinhos Gabriel na vaga de Jadson deu mais criatividade ao lado direito. Foi por ali que o camisa 31 se livrou da marcação e jogou na área, mas Fagner bateu na zaga e o goleiro Jean fez ótima defesa no rebote. O Corinthians então se posicionou mais à frente, parecendo mais disposto a atacar. Foi aí que uma bola comum virou decisiva: Fagner foi desarmado por Edigar Junio e viu Vinícius abrir o placar.
Precisou estar em desvantagem para o líder do Brasileirão acordar. Esteve longe de ser primoroso, mas o time de Fábio Carille ao menos se dignou a tentar atacar na reta final. Marquinhos Gabriel foi a principal arma pela direita, mas a pressa fez o Corinthians trocar qualquer estratégia pelos cruzamentos, e a zaga do Bahia reagiu sem sustos. No último lance, Cássio foi para a área no desespero e viu Régis receber no contra-ataque para empurrar ao gol vazio e fechar a conta em 2 a 0.
Bahia 2 x 0 Corinthians
Data: 15 de outubro de 2017
Local: Arena Fonte Nova, Salvador-BA
Hora: 19h00 (de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Sidmar dos Santos Meurer (MG)
Cartões Amarelos: Jô e Camacho (Corinthians)
Cartão Vermelho: não houve
Gol: Vinícius aos 26´ e Régis aos 49 minutos do segundo tempo
Bahia: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Juninho Capixaba; Edson e Renê Júnior, Zé Rafael (Allione), Vinícius (Matheus Sales) e Edigar Junio; Rodrigão (Régis). Treinador: Carpegiani
Corinthians: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Guilherme Arana; Camacho, Maycon (Giovanni Augusto), Rodriguinho, Jadson (Marquinhos Gabriel) e Romero (Clayson); Jô. Treinador: Fábio Carille.
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