Com complicações financeiras, clube abre mão de renovar com Guerrero, herói do Mundial, e Emerson Sheik, destaque da conquista da inédita Libertadores. Decisão machuca o coração da Fiel, sobretudo com a saída do artilheiro peruano, mas revela sensatez por parte do presidente Roberto de Andrade e seus pares

Com complicações financeiras, clube abre mão de renovar com Guerrero, herói do Mundial, e Emerson Sheik, destaque da conquista da inédita Libertadores. Decisão machuca o coração da Fiel, sobretudo com a saída do artilheiro peruano, mas revela sensatez por parte do presidente Roberto de Andrade e seus pares

Guerrero e Sheik estão fora do Corinthians. Ambas as saídas acontecem por questões financeiras, numa decisão acertada do clube. O Alvinegro não deve posar de exemplo para ninguém, apenas pensar na sua vida e no atual momento dos seus cofres, que é delicado.

Guerrero, herói do bicampeonato mundial, pediu muito alto para renovar e, por isso, está fora. É ídolo, adorado pela torcida, está na história do clube, mas não tem como ficar. Quando a grana é curta, o melhor aceitar a perda. Dói menos e o clube agradece.

Já Sheik também é um jogador caro, além de um péssimo custo-benefício para o Corinthians. Até 2012, ano da conquista da inédita e invicta Libertadores, Sheik era o grande nome do clube. Foi o grande herói da conquista da competição continental.

No entanto, depois daquele não, Sheik desistiu de jogar. Desrespeitou o clube, companheiros, acabou emprestado para o Botafogo-RJ e voltou neste ano com a mesma postura indolente e irresponsável. Está fora também.

A decisão do Corinthians, apesar de doer na alma do corintiano, é acertada. Os times brasileiros não podem conviver com cifras astronômicas num futebol falido. É preciso ter responsabilidade e a diretoria alvinegra teve com essas dispensas. Era de se esperar...

Sem a dupla, o Corinthians perde força ofensiva e deixa o clube mais pobre de ídolos, mas a vida segue. O clube é maior que qualquer jogador. O momento agora pede uma reformulação a começar pelas cifras. O ex-presidente Mário Gobbi deixou uma herança maldita para o atual presidente Roberto de Andrade. A limpeza não deve parar com Guerrero e Sheik. É preciso cortar mais.

O Corinthians vive hoje a realidade do seu novo estádio, que tem de ser pago. A conta é alta. O clube não tem folego para quitar a nova casa e manter grandes astros no elenco. Por isso a saída é realmente apostar em jogadores menos badalados e que possam manter o time competitivo. A conta do estádio tem que ser pagar. E em dia.

A tendência é que o Corinthians viva uma fase de vacas magras. A força da camisa é enorme e a torcida estará junto, mas o atual momento deveria ter sido previsto pela diretoria anterior. Isso não aconteceu. A conta agora é alta.

Resta à atual direção alvinegra seguir com os pés no chão, cortando gastos e tendo criatividade para reforçar o elenco com jogadores bons e baratos e, de preferência, jovens atletas.

Que Guerrero e Sheik sigam seus caminhos. O Corinthians será eternamente grato a dupla, mas a hora do adeus chegou. Presidente alvinegro está no caminho certo.

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Foto: Band

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