O pior dos maus exemplos é aquele que vem do alto, posto que em sua trajetória avassaladora, tal como uma chuva de granizo, atinge milhares de cabeças despreparadas para rechaçá-lo.

O pior dos maus exemplos é aquele que vem do alto, posto que em sua trajetória avassaladora, tal como uma chuva de granizo, atinge milhares de cabeças despreparadas para rechaçá-lo.

O pior dos maus exemplos é aquele que vem do alto, posto que em sua trajetória avassaladora, tal como uma chuva de granizo, atinge milhares de cabeças despreparadas para rechaçá-lo.   
 
Muitos de nós ? para não dizer a maioria ? gostam de saborear uma "caipirinha?, uma "cervejinha? ou algo semelhante,  durante aquele churrasquinho dominical em família.
 
Mas a maioria de nós ? Graças a Deus que é assim ? tem plena consciência de que o álcool deve ser consumido de forma moderada e jamais antes ou durante a execução de um trabalho ou a direção de um veículo motorizado.
 
Conscientes estamos também de que, em locais de grande concentração popular, o consumo de bebidas alcoólicas torna-se temerário, devendo por isso ser evitado. 
 
De posse dessa certeza, houve-se por bem proibir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol brasileiros, instituindo tal proibição através de lei aprovada  pelo poder legislativo.
 
Quando o então presidente Lula e sua equipe de governo, coadjuvada por representantes da CBF, negociou com a FIFA a realização da Copa de 2014 no Brasil, incluiu na negociação algo que, em um país série e democrático, não pode ser usado como moeda de câmbio: as suas leis.
 
No entanto, passando por cima do mais elementar princípio do Estado de Direito -  a obediência às leis -   o governo de então cedeu aos interesses comerciais da entidade máter do futebol mundial, acordando a venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa.
 
Em nome dessa concessão, o governo brasileiro ? tendo ou não se dado conta -  colocou em segundo plano algo que hoje é tema de enorme preocupação nos meios futebolísticos do mundo inteiro: o clima de insegurança que tem transformado os  estádios de futebol em verdadeiros barris de pólvora.  
 
Essa é, sem dúvida, uma  "herança esportiva maldita? , que Lula deixou à sua sucessora  Dilma Rousseff.
 
Algo que tem obrigado o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a dizer e desdizer-se a todo momento, tentando apagar esse "incêndio? provocado pelo álcool jogado na Copa de 2014, de forma consentida, pela ganância da Federation Internationale de Football Association "S.A?, dirigida com muita "competência empresarial? por seu presidente Joseph Blater. 
 
Essa incongruência governamental  - e esportiva, já que a FIFA deveria primar pelo esporte saudável e não pelo lucro fácil ? leva a uma pergunta que não quer calar, pelo menos, na minha cabeça:
 
Que moral teria uma autoridade de trânsito para aplicar o  teste do bafômetro em motoristas sóbrios (inconstitucional, porque fere o princípio da presunção de inocência)  nas proximidade dos jogos da Copa, onde a venda da "arma do crime? está liberada pela autoridade constituída, ao arrepio da lei ?
 
Como ontem teve bola rolando, torna-se imperioso fazer breves referências sobre os principais jogos da quarta-feira.
 
Destaque para Vasco e Corinthians, que venceram em casa, respectivamente, o Libertad do Paraguai (2 a 0)  e o Cruz Azul do México ( 1 a 0), assumindo posição privilegiada em seus grupos na Libertadores.
 
O Inter, por sua vez, escapou de descer a altitude de Lapaz trazendo  uma derrota  na "mala de garupa?, graças ao empate em 1 a 1 diante do The Strongest, alcançado no finalzinho da partida.
 
Pela Copa do Brasil, ainda estamos na fase da covardia, onde o que mais se vê é "David?enfrentando "Golias?,  nesse Torneio essencialmente geográfico onde os piores são simplesmente um horror. 
 
O Grêmio voltou a virar o placar diante do River Plate de mentirinha, da Paraíba, fazendo 3 a 1, com destaque para Marcelo Moreno, que marcou de novo, revelando sua disposição em desencantar no time de Luxemburgo.
 
O Palmeiras alcançou uma vitória óbvia, em Jundiaí, vencendo o Coruripe, de Alagoas, por 3 a 0.
 
Já o Botafogo teve que suar sangue para não ser eliminado do Torneio, ao empatar com o Treze da Paraíba em 1 a 1, só chegando à classificação para a próxima etapa, através da loteria das penalidades.  
 
Nesta quinta-feira, o Santos está com a faca e o queijo na mão parra assumir a liderança de seu grupo na Libertadores, pegando o fraco Juan Aurich, do Peru, no Pacaembu.
 
Seria um confronto sem maiores atrativos, não fosse a expectativa de ver Neymar, outra vez, tentando fazer aqui aqueles estragos  que Messi vem fazendo acolá.
 
Messi,  aliás,  que já começa a suscitar as inevitáveis comparações com Pelé. Inúteis ?vale dizer ? porque o "Rei? é uno, inimitável e incomparável.

Imagem: @CowboySL
 
Contatos: jornalino@gmail.com / http://twitter.com/jornalino / Blog Virtualino

Últimas do seu time