Juninho Paulista assumiu a presidência da equipe em 2010, ano em que conciliou o cargo com as atuações como jogador

Juninho Paulista assumiu a presidência da equipe em 2010, ano em que conciliou o cargo com as atuações como jogador

A máxima de que dos acontecimentos ruins pode se tirar coisas boas pode ser aplicado ao Ituano, finalista do Campeonato Paulista e que pode se sagrar campeão no próximo domingo com um empate contra o Santos, no Pacaembu. Isso porque em quatro anos muita coisa mudou, como a diferença em campo para o rival da decisão e a pontuação na tabela.

Juninho Paulista assumiu a presidência da equipe em 2010, ano em que conciliou o cargo com as atuações como jogador. Em seu primeiro ano como dirigente, viu a equipe escapar do rebaixamento com uma vitória de virada, por 3 a 2, sobre a Portuguesa, no Canindé, e assim encerrar a carreira sem a mancha.

Naquele mesmo ano, o Ituano foi massacrado pelo hoje rival da final. Em partida no Pacaembu, mesmo palco da final, o Santos goleou por 9 a 1 um time do interior que ainda sofreria mais alguns anos até pegar no freio. Em quatro anos, a diferença dos rivais foi de um 9 a 1 contra para um 1 a 0 a favor, no último jogo. E, para esta melhora técnica, não foi nada fácil.

Nos três anos seguintes, lutou contra o rebaixamento e só em 2013 foi conseguir fazer boa campanha na primeira fase, desclassificar o Corinthians e chegar ao último jogo do Campeonato jogando pelo empate depois de vencer o rival que há quatro anos atrás o goleava impiedosamente.

Juninho Paulista diz que com o passar dos anos amadureceu como dirigente e passou a tomar decisões diferentes conforme a experiência foi sendo adquirida. "É um trabalho de quatro anos e venho falando desde que entrei no Ituano que o trabalho seria de médio a longo prazo. E esse trabalho de médio a longo prazo em termos de estrutura você tem que deixar o clube redondinho e dar as melhores condições para o atleta . Não é só resultado esportivo", falou.

"Nós só chegamos no topo (do Paulista), que é disputar o título, dessa maneira. Mas a gente tem que estar consciente que não vai acontecer isso todos os anos. Mas o que nós viemos preparando nesses quatro anos foi exatamente uma estrutura pra daqui pra frente o Ituano participar de classificações", falou.

Juninho conta, por exemplo, que no começo da gestão queria palpitar mais em questões técnicas. Antes, falava sua opinião para os treinadores em conversas. Mas agora evita até isso para que eles se sintam independentes e com mais confiança.

"No começo, quando eu comecei a administrar dava muito mais palpite. Mas fui vendo que a gente tem que escolher a pessoa certa e dar essa liberdade. O Doriva tem total autonomia. Mas o importante é pensar no clube, não adianta colocar uma pessoa lá que está indo contra as ideias do clube e fazendo o que não está no planejamento."

Nos dias de hoje, antes de uma decisão, nem os 9 a 1 que esteve em campo é lembrado. São coisas que ficaram para trás."Não tem nada engasgado não, e aquilo lá foi um jogo que acontece em 100 anos. São situações totalmente atípicas dentro do futebol, como aquela goleada do Mirassol em cima do Palmeiras e outras goleadas que nós já presenciamos, inclusive contra clubes grandes. Isso é muito esporádico no futebol inclusive."

FOTO: UOL

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