Tricolor arranca com 2 a 0, mas cede virada ao Sport que vence o jogo pelo placar de 4 a 3.

Tricolor arranca com 2 a 0, mas cede virada ao Sport que vence o jogo pelo placar de 4 a 3.

É erro grosseiro imaginar que pontos perdidos em início de campeonato não fazem a diferença nos momentos derradeiros quando o certame começa a ser decidido. 
 
Não são poucos os clubes que deixaram de ganhar título, lograr classificação para a Libertadores ou escapar do rebaixamento pela falta de 3 e até 1 único ponto que perderam nas primeiras rodadas do campeonato.  
 
O Grêmio foi a Recife enfrentar o Soport neste domingo,  para defender a liderança do campeonato brasileiro representado por um arremedo de equipe que nem de time reserva merecia ser chamado.
 
Era uma amontoado de jogadores que em nada parecia com  aquele famoso "Banguzinho" que, anos atrás, substituiu a equipe principal na disputa do Gauchão e se deu ao luxo de vencer um Gre-Nal e o próprio campeonato gaúcho daquela temporada. 
 
Mesmo tendo jogado relativamente bem, a ponto de arrancar na frente com um surpreendente 2 a 0, não era difícil imaginar que aquele "Grêmio de mentirinha" teria enorme dificuldade para sustentar o placar favorável ao longo dos minutos restantes do primeiro tempo e toda a segunda etapa, diante de uma equipe bem treinada e bem preparada fisicamente como a do Sport.  
 
O Grêmio sofreu um gol ainda no primeiro tempo e, na volta para a etapa complementar, veio cheio de precauções defensivas na tentativa de segurar a diferença de um gol alcançada nos primeiros 45 minutos da partida, vantagem que ainda lhe restava àquela altura do jogo.  
 
Mas o que se viu a partir do segundo tempo foi uma Grêmio tímido, deixando transparecer a falta de qualidade técnica e de entrosamento para suportar a reação do Leão pernambuco, que começou a rugir alto, envolvendo o frágil visitante a ponto de virar o placar, chegando aos mesmos dois gols de diferença  com os quais começou perdendo nos primeiros minutos do cotejo. 
 
É verdade que, depois de sofrer o quarto gol, dos três marcados por André, o Grêmio criou um pouco de coragem, a partir da troca de Bruno Rodrigo por Beto da Silva,  e resolveu voltar ao ataque conseguindo um pênalti, que foi convertido por Fernandinho, e quase chegando ao empate num chute em diagonal que passou muito perto da meta defendida pelo goleiro Magrão. Mas ficou no quase. 
 
A opção de Renato por um time improvisado para  enfrentar esse difícil  compromisso pela terceira rodada do Brasileirão foi uma decisão injustificável, que beira as raias da irresponsabilidade. 
 
Algo bastante parecido com aquela opção esdrúxula que fez, poupando jogadores numa partida da Libertadores para atuarem contra o Novo Hamburgo pela semifinal do campeonato gaúcho.
 
E não se diga que a besteira de preservar o time principal  no certame mais relevante com vistas a um jogo de campeonato infinitamente menos significativo não trouxe nenhum prejuízo para o Grêmio,  já que acabou aquela etapa da Libertadores em primeiro lugar no Grupo 8.
 
Desfalcado de 8 titulares, na ocasião, o Grêmio apenas empatou com o Guarani em Assunção, deixando de ganhar portanto dois preciosos pontos com os quais teria chegado ao final da Fase de grupos  como o time de melhor campanha no torneio, algo que garante ao detentor desse título a vantagem de jogar em casa todos os jogos decisivos que tiver plea frente na competição.     
 
A partida que o Grêmio terá no meio da semana contra o Fluminense pela Copa do Brasil, para a qual todos os titulares foram poupados, proporciona ao tricolor gaúcho a vantagem de só não seguir em frente no torneio brasileiro se o Flu vencer o confronto pelo placar de 2 a 0 ou com diferença de 3 gols, algo que, mesmo jogando em casa, o time carioca dificilmente logrará alcançar.  
 
De posse dessa larga vantagem, o ideal seria que o técnico gremista tivesse escalado um time misto, poupando apenas metade dos titulares, o que com certeza já seria suficiente para que o visitante gaúcho arrancasse no mínimo um empate diante do Sport, resultado que o manteria na liderança do campeonato, em condições psicológicas bem mais favoráveis para o futuro compromisso pela Copa do Brasil. 
 
O Grêmio deve passar pelo fluminense nessa decisão e pode até chegar ao hexa do torneio. Mas nada garante que os pontos perdidos em Recife, atuando com total ausência de sua equipe principal, não venham a fazer falta para uma classificação útil no final do Brasileirão, que pode até vir a ser a própria conquista do título. 
 
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Foto: UOL
 

 

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