Dias após sua estreia, em abril, rompeu os ligamentos do joelho direito e perdeu a temporada. Foto: Reprodução/São Paulo

Dias após sua estreia, em abril, rompeu os ligamentos do joelho direito e perdeu a temporada. Foto: Reprodução/São Paulo

Enquanto o São Paulo passava sufoco na temporada - convivia com a pressão de ser rebaixado no Campeonato Brasileiro pela primeira vez história -, um atleta do elenco vivia um drama a mais, quase solitário, encostado no departamento médico. Em entrevista, o atacante Morato relembra, hoje com alívio, a tensão por não saber se teria uma nova chance de atuar pelo time tricolor.

Dias depois de sua estreia, em abril, rompeu os ligamentos do joelho direito e perdeu o restante da temporada. Sua única exibição pelo clube chamou atenção e deixou a torcida com grande expectativa. Apesar de o São Paulo ter sido eliminado da Copa do Brasil mesmo vencendo o Cruzeiro por 2 a 1 no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, (havia perdido por 2 a 0 no Morumbi), ele se destacou, dando uma assistência para o argentino Lucas Pratto. “Aquele jogo foi meu cartão de visitas para a torcida e minha passagem para a renovação”, afirmou Morato.

A extensão do vínculo com o São Paulo só veio em novembro e, durante quase sete meses, ele sofreu por achar que sua carreira estava comprometida. Sentiu o tempo passando devagar. “A renovação foi um alívio”, desabafou. “Tive muitos medos nesse tempo, em relação à minha situação e à circunstância, vendo que o time não ia bem. Era cruel pensar que eu tinha jogado um só jogo e poderia não ter mais chance. A sensação era de que eu tinha chegado, mas ao mesmo tempo que não tinha”.

Garantido no São Paulo até o fim de 2018, hoje Morato sente poucas dores e celebra mudança importante em sua recuperação: voltou a correr. “Tive a sensação de que estou voltando. Quando comecei a recuperação depois da cirurgia, era ainda para ganhar movimento, para voltar a sentir meu pé e depois andar. Agora já estou fazendo academia, pedalo e agora fiz minha primeira corrida na esteira”.

Com a previsão de ainda mais dois meses no Reffis, Morato não se ilude com o retorno aos gramados. “A transição é devagar. A lesão foi muito séria e estou seguro de que não posso me exceder. Terei limitações clínicas nesta reta final, não posso me descuidar”.

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