Os baianos, por sua vez, ficaram estacionados nos 30 pontos, dentro da zona do rebaixamento

Os baianos, por sua vez, ficaram estacionados nos 30 pontos, dentro da zona do rebaixamento

Foi o goleiro do São Paulo que abriu caminho para a vitória de sua equipe por 2 a 1 sobre o Bahia neste sábado, pelo Brasileirão, no Morumbi. Em se tratando de Rogério Ceni, porém, não foi só com defesas - o capitão são paulino marcou um belo gol de falta, seu 123º com a camisa tricolor; Ganso marcou o segundo, que garantiu os importantes três pontos para o clube, que ainda sonha com o título da competição.

Os comandados de Muricy Ramalho foram a 52 pontos, e torcem por um tropeço do líder Cruzeiro (56) para encurtar a distância e aumentar as chances de uma ultrapassagem na reta final do campeonato.

Os baianos, por sua vez, ficaram estacionados nos 30 pontos, dentro da zona do rebaixamento. Agora, torcem por maus resultados de Botafogo e Coritiba, que também estão na zona da degola, com 29 pontos.

Fases do jogo: O São Paulo controlou a primeira etapa, com muito mais posse de bola e passando a maior parte do tempo no campo de ataque. Teve, porém, dificuldades para furar a defesa do Bahia, e não conseguiu criar muitas chances.

Quem levou mais perigo nas ações ofensivas são paulinas foi Michel Bastos – primeiro em uma boa tabela com Kaká, depois com Ganso. Nas duas ocasiões, Marcelo Lomba apareceu para fazer a defesa.

Se se defendiam bem, os baianos praticamente não levavam perigo: um chute de longe de Diego Macedo, outro de Henrique; nada que assustasse Rogério Ceni. O goleiro só apareceu no jogo quando balançou as redes.

Ganso arriscou de fora, e a bola bateu na mão de Rafael Miranda – falta. Rogério cobrou com muita categoria, no ângulo direito de Lomba, que chegou as tocar na bola, mas não evitou o gol. 1 a 0 São Paulo, aos 39 do primeiro tempo.

No começo do segundo tempo, o São Paulo quase marcou, novamente na bola parada. Desta vez, em cobrança de escanteio, Edson Silva quase alcançou a bola a tempo de empurrar para as redes.

Em uma rara subida ao ataque, Diego Macedo teve a primeira grande chance para os visitantes, acertando um forte chute da entrada da área. Rogério mergulhou e fez uma bela defesa, espalmando a bola.

Luis Fabiano teve chance de matar o jogo aos 25 minutos da etapa final, após bela jogada de Alvaro Pereira pela esquerda, mas acabou batendo para fora e perdendo uma chance incrível. Ganso, aos 34, não cometeu o mesmo erro: de pé esquerdo, bateu da entrada da área com precisão, no canto esquerdo.

Fahel ainda descontou para o Bahia, aos 42 da segunda etapa, aproveitamento uma desatenção da zaga tricolor. Sem precisar nem saltar, cabeceou no cantinho, sem chances para Ceni, após cruzamento da esquerda. Foi pouco para evitar a derrota.

O melhor: Rogério Ceni (São Paulo) – Sua equipe era melhor no jogo, mas não conseguia criar chances claras. Coube ao capitão resolver o problema, com uma linda cobrança de falta, no ângulo do adversário Marcelo Lomba. A batida foi de longe, quase da intermediária, um golaço. Rogério ainda fez uma bela defesa em chute de Diego Macedo, evitando o empate.

O pior: Rafael Miranda (Bahia) - perdido no meio de campo, viu os adversários tocarem a bola durante praticamente toda a partida. Ainda esticou o braço ao marcar Ganso, e viu sua mão ser atingida pela bola, gerando a falta que resultou no primeiro gol são paulino.

Toque dos técnicos : Muricy manteve o esquema tático, com a entrada de Michel Bastos na vaga do lesionado Pato. Michel se movimentou muito, e tentou criar jogadas de ataque. O São Paulo teve dificuldades, principalmente no primeiro tempo, diante de um Bahia muito fechado na defesa, mas marcou dois gols. Gilson Kleina, como era de se esperar, armou a equipe pensando em explorar os contragolpes diante do terceiro colocado no Brasileirão, fora de casa. Conseguiu um gol tarde demais e acabou saindo do Morumbi com a derrota.

Chave do jogo: a bola parada. O jogo foi truncado durante a maior parte do tempo. Se não fosse a qualidade de Rogério ao bater a falta, dificilmente haveria uma partida franca e com gols no Morumbi.

Pra lembrar:

Deja vú: Rogério marcou contra o Bahia também no primeiro turno – naquela ocasião, o gol foi de pênalti. O São Paulo venceu, em uma atuação que foi considerada uma das melhoras da equipe na primeira metade do Brasileirão.

Na trilha: o gol de Ceni foi o de número 123 com a camisa do São Paulo – agora, o goleiro está a cinco de alcançar Raí, outro ídolo do Morumbi.

Nervoso: Gilson Kleina gritou muito com seus meias. Chegou a dizer para Diego Macedo que ele estava "consagrando" os volantes são paulinos. Depois, a bronca foi em Marcos Aurélio.

De novo: mais um lance de bola na mão no Campeonato Brasileiro. Rafael Miranda pareceu não ter tido a intenção no lance que originou o gol de Rogério, mas a bola bateu em seu braço, que estava esticado, longe do corpo.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X BAHIA

Local: Morumbi, em São Paulo
Data/Hora: 18 de outubro de 2014, às 18h30
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo F. Henrique Correa (ambos do RJ)
Gols: Rogério Ceni, 39'/1ºT (1-0); Ganso, 34'/2ºT (2-0)/ Fahel, 42'/2ºT (2-1)
Cartões amarelos: Michel Bastos, Kaká, Ganso, Maicon (São Paulo); Guilherme Santos, Rafael Miranda (Bahia)

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Souza (Maicon), Michel Bastos (Boschilia), Ganso e Kaká; Alan Kardec (Luis Fabiano).
Técnico: Muricy Ramalho.

BAHIA
Marcelo Lomba; Railan, Lucas Fonseca, Demerson e Guilherme Santos; Rafael Miranda, Bruno Paulista (Fahel) e Diego Macedo (Emanuel Biancucchi); Rafinha (William Bárbio), Marcos Aurélio e Henrique.
Técnico: Gilson Kleina.

Foto: UOL

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