A partida foi adiada da 10ª rodada, por causa da participação do Atlético-MG na decisão da Recopa Sul-Americana

A partida foi adiada da 10ª rodada, por causa da participação do Atlético-MG na decisão da Recopa Sul-Americana

Do UOL, em Belo Horizonte

Forte como mandante no Campeonato Brasileiro, a Chapecoense esteve muito próxima de garantir o quarto triunfo consecutivo e mais três pontos dentro de casa nesta quarta-feira (06), mas vacilou já nos acréscimos e cedeu o empate ao Atlético-MG, por 1 a 1, na Arena Condá, em Chapecó. O gol atleticano saiu em cabeçada de Leonardo Silva, aos 48 min. O time de Levir Culpi também não teve muito o que comemorar. Mesmo sem perder, desperdiçou a chance de chegar a 21 pontos (parou nos 19) e chegar à quinta colocação da competição. O clube catarinense foi a 15.

A partida foi adiada da 10ª rodada, por causa da participação do Atlético-MG na decisão da Recopa Sul-Americana, título que foi conquistado pelo clube mineiro há duas semanas, diante do Lanús. Os dois times vinham de vitórias, no final de semana: o alvinegro sobre o Atlético-PR, por 3 a 1, e a Chapecoense contra o Flamengo, por 1 a 0. O Atlético-MG mostrou mais uma vez dificuldade para jogar como visitante, obtendo na raça o seu primeiro empate nessa situação, contra três derrotas e duas vitórias.

As fases do jogo: O Atlético-MG tomou a iniciativa na maior parte do primeiro tempo, mas foi castigado com um gol marcado pelo zagueiro Jaílton, aos 41 min, aproveitando cobrança de escanteio e erro de Emerson Conceição. "Foi uma infelicidade, lance do jogo, acontece", observou o lateral esquerdo atleticano. O time visitante criou as principais chances de gol, obrigando o goleiro Danilo a trabalhar bastante, especialmente entre os 12 min e 20 min, com quatro boas intervenções. A Chapecoense recuava a sua marcação, se posicionando para explorar contra-ataques, numa inversão de papéis tradicionais entre mandante e visitante. E na base do quem não faz, leva, o time catarinense aproveitou bem um lance de bola parada, para ficar à frente no marcador. O alvinegro mineiro ainda perdeu o zagueiro Réver, contundido, aos 30 min, sendo substituído pelo jovem Jemerson.

O Atlético-MG voltou com Dátolo e Luan nas vagas de Maicosuel e André. Como Jemerson havia substituído Réver, Levir Culpi queimou as substituições. E o time atleticano voltou atacando mais, enquanto a Chapecoense continuava recuada. Aos 7 min, Luan quase marcou o gol de empate. Ele bateu bem, o goleiro Danilo defendeu, mas a bola bateu na trave e não entrou. Aos poucos a Chapecoense equilibrou o jogo e na base das cobranças de bola parada voltou a ameaçar o gol defendido por Victor. O Atlético não desistiu e empatou, aos 48 min, com Leonardo Silva.

O melhor: Danilo – O goleiro Danilo se destacou com importantes defesas nos dois tempos, parando o esforço dos atacantes atleticanos e demonstrando segurança. No final do jogo, fez grande intervenção, evitando o gol de Luan. Além disso, quando precisou, contou com a sorte, como aos 7 min do primeiro tempo em chute de Luan, que passou por ele, mas ficou na trave.

O pior: Emerson Conceição – O lateral esquerdo atleticano tinha campo para apoiar o ataque, mas esteve em noite infeliz em um aspecto em que tem conseguido algum êxito: os cruzamentos. Dessa vez, Emerson Conceição falhou nesse quesito e ainda cometeu um erro fatal, ao dar um passe de cabeça para a conclusão do zagueiro adversário Jaílton, que resultou no gol catarinense.

A chave do jogo: Marcação forte e bola parada – Mesmo jogando em casa, a Chapecoense demonstrou humildade, não apenas no discurso de seus jogadores, mas também no posicionamento em campo, que valorizou a marcação forte. Dessa forma, o Atlético teve mais posse de bola, enquanto a equipe catarinense recuava e esperava a chance de dar o bote, tentando sair em velocidade. "A gente sabe da qualidade do Atlético, não é jogo fácil, independente de jogar em casa", comentou o lateral esquerdo Neuton. As jogadas em bola parada foram responsáveis pelo empate nesta quarta-feira. os dois gols saíram em cobranças de escanteio.

Toque dos técnicos: Ainda comandado por Celso Rodrigues, que mantém o status de técnico interino, a Chapecoense foi armada de forma a não sofrer gols e a jogar no erro adversário para fazer o seu. Sem a preocupação de ter a iniciativa das ações ofensivas, a equipe catarinense demonstrou disciplina tática e aplicação. Já Levir Culpi, que não teve Jô, chegou a pensar em escalar Luan, deixando o time mais rápido e leve. Acabou optando por André. Como saiu em desvantagem no primeiro tempo, mudou o esquema para a etapa final, e salvou pelo menos um ponto.

Para lembrar:

Jô multado e com situação indefinida. Após a rescisão contratual de Ronaldinho Gaúcho na semana passada, foi a vez de Jô esquentar o clima atleticano fora de campo. O atacante não apareceu para treinar e viajar, na segunda-feira, desfalcou o Atlético-MG contra a Chapecoense e tem futuro incerto no alvinegro mineiro. A diretoria atleticana multou o jogador em 40% der seus vencimentos e deverá haver uma reunião, nesta quinta-feira, entre o presidente Alexandre Kalil e o empresário do atleta, Giuliano Bertolucci, para definir a situação. André começou o jogo na vaga de Jô.

Desfalque de última hora. Além de Jô, o Atlético-MG perdeu mais um titular, instantes antes do início do jogo com a Chapecoense. O volante Leandro Donizete sentiu um incômodo muscular durante o aquecimento e foi vetado pelo departamento médico, sendo substituído por Josué. Ainda no primeiro tempo, aos 30 min, o zagueiro Réver sentiu o tornozelo esquerdo e foi substituído por Jemerson.

Cerimonial de Copa do Mundo. Santa Catarina não foi sede da Copa do Mundo, mas se inspirou no recente mundial para o cerimonial de abertura do jogo. Os atletas dos dois times e o trio de arbitragem entraram juntos, pelo túnel central e, perfilados, ouviram os hinos do Brasil e de Santa Catarina.

Acorda, técnico! Aos 33 min do segundo tempo, chamou atenção o desespero do zagueiro Jaílton pedindo ao técnico Celso Rodrigues a substituição do lateral esquerdo Neuton, que não tinha condições físicas de seguir em campo. O autor do gol da Chapecoense gesticulou muito e bateu com o pé no gramado, até que o treinador providenciou a entrada de Edinei no lugar do atleta contundido.

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