A Raposa vai aos 11 e sai momentaneamente da zona do rebaixamento

A Raposa vai aos 11 e sai momentaneamente da zona do rebaixamento

Enrico Bruno
Do UOL, em Belo Horizonte

Pressionado por causa do desempenho muito abaixo do esperado, o Cruzeiro foi a Campinas buscando reencontrar o caminho das vitórias diante da Ponte Preta. E conseguiu da melhor maneira possível. A equipe de Paulo Bento iniciou sua reabilitação com um atropelo por 4 a 0. Henrique, Arrascaeta (por duas vezes) e Alisson foram os responsáveis por construir a goleada, que começou ainda no primeiro tempo.

Com o resultado, a Macaca cai para mais um mineiro e perde a chance de colar no G-4, permanecendo com 13 pontos. A Raposa vai aos 11 e sai momentaneamente da zona do rebaixamento.

Na rodada do final de semana, a tarefa celeste será um pouco mais complicada. Apesar de jogar no Mineirão, o clube irá receber o líder Palmeiras. Já a Ponte vai encarar a Chapecoense, em Santa Catarina.

Quem foi bem: Arrascaeta se redimiu e deixou sua marca duas vezes

Na derrota contra o Grêmio, além de ter perdido o pênalti que gerou a lanterna para o Cruzeiro, Arrascaeta foi um dos mais apagados do time. Desta vez, o uruguaio fez diferente. Com dois gols marcados, o camisa 10 deixou o campo como melhor em campo. O único detalhe negativo da sua apresentação foi ter levado o terceiro cartão amarelo, que o tira do confronto do final de semana, contra o Palmeiras.

Volante Henrique repete boa atuação contra a Macaca

No último duelo entre as equipes no Moisés Lucarelli, em 2015, o cenário do Cruzeiro era bem parecido com o atual. Pressionado por causa dos maus resultados, o time entrou pressionado, mas venceu por 2 a 1, com boa atuação de Henrique. Desta vez, o volante voltou a atuar bem. Foi dele o gol que iniciou a vitória celeste em Campinas.

Erros custaram caro e Ponte Preta só ficou no abafa

Com as linhas altas do Cruzeiro, a Ponte Preta teve muitas dificuldades para produzir as jogadas. A marcação pesada dos mineiros forçou a Macaca a cometer vários erros de em campo, dois deles fatais ainda no primeiro tempo. Quando esboçou uma pressão, o time da casa pecou na hora de organizar as jogadas, a maior delas na base do abafa, e ainda levou sustos nos contra-golpes. No segundo tempo, as ações ofensivas continuaram constantes, mas muitas não passavam de chuveiradas na área ou em finalizações mal feitas. Sem balançar as redes, o time continuou sofrendo e foi ainda mais castigado pela equipe celeste na etapa final.

Mais organizado, Cruzeiro teve eficiência necessária para matar o jogo

Ao contrário dos últimos jogos, o Cruzeiro conseguiu traduzir as finalizações em gols. Marcando demais o adversário desde o início, o time forçou os erros da Ponte Preta e soube aproveitar disso para adiantar a vitória já no primeiro tempo. Foi assim que saíram os gols de Henrique e Arrascaeta. Bem postados e com muita vontade, os comandados de Bento ainda conseguiram minimizar as tentativas de reação dos anfitriões e administrar a vitória muito importante. No segundo tempo, ainda deu para Arrascaeta se redimir do pênalti perdido contra o Grêmio e converter a cobrança, marcando seu segundo tento no jogo. Em nova penalidade, dessa vez bem mais marota, Alisson fechou a conta.

Estratégia de Baptista foi anulada pelo Cruzeiro

Eduardo Baptista tentou explorar as laterais do campo para surpreender o Cruzeiro. Mas pelos lados, o treinador viu sua equipe tomar um banho de posicionamento e boa marcação do adversário. Nino Paraíba e Clayson eram os mais acionados pela direito, mas Alisson e Bryan mostraram vontade de sobra, tomaram conta do setor e anularam as ofensivas da Ponte.

Mudanças de Bento surtiram efeito

Reserva na partida anterior, contra o Grêmio, o lateral direito Mayke ganhou a titularidade de Paulo Bento e não decepcionou. No lance do segundo gol, o jogador reviveu seus bons tempos, roubou a bola na faixa central do campo e disparou antes de servir o companheiro Arrascaeta.

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