A história mostra a importância de ter um capitão fixo na equipe brasileira

A história mostra a importância de ter um capitão fixo na equipe brasileira

Diferente do que aconteceu em todas as campanhas recentes do Brasil em Copas do Mundo, em 2018 a seleção pentacampeã do não definiu seu capitão. Por opção pessoal do técnico Tite, o time verde e amarelo passa por um rodízio de capitães nos últimos dois anos, inclusive na disputa do Mundial da Rússia.

O gesto do treinador brasileiro vem da experiência bem sucedida no Corinthians, nas conquistas do alvinegro sob o comando de Tite, quando a braçadeira passou por diferentes jogadores. Na seleção, porém, a rotatividade não tem agradado parte de torcida e mídia, que sentem falta de “um capitão para chamar de seu”.

Confira abaixo cinco motivos para o técnico Tite acabar com o rodízio, e definir de vez um capitão na seleção brasileira.

Os grandes times da história do país tiveram capitães marcantes

Zito, no Santos da Era Pelé; Rogério Ceni no São Paulo dos anos 2000; Neto no Corinthians de 90; Zico no Flamengo dos anos 80; Piazza no Cruzeiro dos anos 60 e 70; Fernandão no Internacional de 2006... São inúmeros os exemplos. Historicamente, os grandes esquadrões do futebol brasileiro sempre tiveram capitães marcantes em suas conquistas. Verdadeiros líderes que comandaram seus companheiros nos caminhos das vitórias.

Em todas as conquistas de Copa, Brasil teve capitães maiúsculos

Na seleção brasileira, a história dos clubes se repete. Em todos os cinco títulos mundiais conquistados pelo time verde e amarelo havia capitães marcantes. Bellini em 1958, Mauro Ramos de Oliveira em 62, Carlos Alberto Torres em 70, Dunga em 1994 e Cafu em 2002. Em comum entre todos eles, a liderança, a postura diante de seus companheiros e a referência técnica.

Últimos campeões do mundo tiveram capitães marcantes

Se analisarmos as seleções campeãs mundiais da história recente, veremos em todas elas a figura de um capitão imponente: Cafu com o Brasil em 2002, Canavarro com a Itália em 2006, Casillas com a Espanha em 2010, Lahm com a Alemanha em 2014 (isso com contar capitães históricos de um passado mais distante, como Maradona em 86, Beckenbauer em 74, Dino Zoff em 82, Obdulio Varela em 1950).

O capitão se torna referência para companheiros e torcida

Se em teoria o capitão de um time de futebol serve basicamente para a disputa do cara ou coroa, na prática o homem responsável por carregar a braçadeira é muito mais que isso. O capitão é a referência dos jogadores, é quem chacoalha a equipe num momento ruim, é quem puxa um companheiro do buraco, é o atleta que todos param para escutar nos bons e maus momentos. Em resumo, é quem de fato lidera! Diante da torcida, o capitão também se torna um jogador especial. É a ele que o torcedor confia a responsabilidade de guiar a equipe dentro de campo. É do capitão que a torcida espera ver atitudes que direcionem a postura de um time.

O capitão se torna técnico dentro de campo e porta voz fora das quatro linhas

 Com moral diante dos companheiros, o capitão de uma equipe se torna a voz do treinador dentro de campo. Desse modo, o líder da equipe assume a responsabilidade de conduzir a equipe em termos táticos, mas também em termos de postura. Fora de campo, o dono da braçadeira torna-se também o porta-voz da equipe, seja para se pronunciar diante da imprensa, comissão técnica ou direção.

 

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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