A mudança de fórmula do campeonato, que acabou com a divisão dos turnos, explica a diferença.

A mudança de fórmula do campeonato, que acabou com a divisão dos turnos, explica a diferença.

O ano é diferente, mas o começo do Internacional é quase idêntico. As semelhanças entre a arrancada de Abel Braga em 2014 e Dunga em 2013 são grandes. Após 10 jogos do atual treinador na beira do campo, cinco fatos comprovam que a largada é muito parecida com a do capitão do tetra, na temporada passada.

As coincidências vão desde o aproveitamento igual até a recuperação de jogadores criticados, como Diego Forlán e Rafael Moura. Passando por invencibilidade diante do Grêmio, jogos como mandante longe do Beira-Rio e mudanças no sistema defensivo - que se mostrou forte no estadual.

Abel alcançou as 10 partidas pelo Inter em sua sexta passagem nesta quarta-feira, no empate diante do São José-RS. Em 2013, Dunga chegou ao mesmo número de jogos depois de conquistar o título do primeiro turno do Gauchão, em cima do São Luiz-RS.

A mudança de fórmula do campeonato, que acabou com a divisão dos turnos, explica a diferença. Mas ainda assim a repetição dos fatos no início dos trabalhos se sobrepõe. Confira:

 

1 – Campanhas iguais

De todas as semelhanças o número de aproveitamento é a mais impressionante. Tanto Dunga quanto Abel chegaram ao mesmo ponto: 76% dos pontos conquistados em seus primeiros 10 jogos. O equivalente a 7 vitórias, dois empates e uma derrota. E ambos dirigiram pelo menos uma vez uma equipe reserva em campo, além de terem assumido a disputa do Gauchão após três rodadas iniciais.

 

2 – Forlán e Rafael Moura ressurgem

 

Diego Forlán fechou 2012 na reserva, no Gre-Nal derradeiro do estádio Olímpico. Com Dunga, no início de 2013, ganhou tratamento físico especial e se tornou peça importante no time do Inter. Nas 10 primeiras partidas do técnico pelo Colorado, o uruguaio marcou sete gols e recuperou terreno. Neste ano, Abel não deu tratamento médico para Rafael Moura, mas injetou confiança desde a chegada. Garantiu o centroavante no time. E ele é o artilheiro do Colorado no estadual, com cinco gols.  

 

3 – Como mandante, mas não no Beira-Rio

Sob o comando de Dunga o Inter começou a sua peregrinação longe do Beira-Rio, fechado para reforma. E no Gauchão o Colorado andou mesmo. Mandou partidas em Gravataí, Novo Hamburgo, Caxias e Erechim. Com Abel o clube atuou duas vezes no Beira-Rio, com os jogos em caráter de evento-teste. E voltou a utilizar o estádio do Vale, no Vale dos Sinos, como casa.

 

4 – Invicto contra o Grêmio

Um dos grandes trunfos de Dunga em seu primeiro trabalho como técnico de clubes foi o bom rendimento no Gre-Nal. Em menos de um mês, o Inter dele venceu o Grêmio duas vezes. E pelo mesmo placar: 2 a 1. Já com Abel Braga o Colorado não venceu, mas também não perdeu: 1 a 1 na Arena. A diferença é que no ano passado o clássico foi logo a segunda partida do time titular. Em 2014 o confronto com o arquirrival foi o quarto jogo de Abel.

 

5 – Defesas mudadas

Na virada de 2012 para 2013, o Inter não renovou com Nei e contratou – por indicação de Dunga e Paulo Paixão, Gabriel. Além do lateral direito ex-Grêmio, o técnico também fixou Fabrício como titular. Com Abel Gabriel saiu, também por não renovação, e Gilberto entrou. No gol Dida ganhou a vaga de Muriel e Paulão pegou o lugar de Índio. Com as mexidas, e a fragilidade dos adversários, ambos os times tiveram bom rendimento defensivo. O Inter de Dunga levou quatro gols em 10 jogos. E o Colorado de Abel seis.

Últimas do seu time