Thiago Neves chegou há pouco tempo, mas já vai construindo seu espaço no Cruzeiro

Thiago Neves chegou há pouco tempo, mas já vai construindo seu espaço no Cruzeiro

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

Há exatos dois meses, o meia Thiago Neves desembarcava em Belo Horizonte para iniciar sua trajetória no Cruzeiro. Carregado nos braços pela torcida no aeroporto, a recepção daqueles 16 de janeiro já mostrava um pouco do que seria a passagem do jogador no clube. Hoje, apesar do pouco tempo, o jogador já se vê totalmente adaptado, seja nas brincadeiras com os companheiros ou dentro de campo, onde já é líder de assistências. Em conversa com o UOL Esporte, o veterano de 32 anos que já rodou o mundo contou como está sendo suas primeiras experiências na capital mineira.

Natural de Curitiba, Thiago Neves morou mais de cinco anos no Rio de Janeiro, ainda nos tempos de Fluminense e Flamengo. Mas nem todo o charme da cidade maravilhosa mudou o perfil caseiro do jogador. Avesso às baladas, o camisa 30 garante que prefere mesmo uma confraternização com os amigos em casa.

"Eu sou bem tranquilo, sou muito caseiro, gosto de ficar em casa. Gosto de chamar meus amigos, fazer um churrasco, chamando todo mundo. Quando não estava jogando, fiquei em casa, ajudando bastante. Estamos sem babá, então estou sendo mais paizão agora", brincou o jogador, que recebeu dicas e boas referências de BH pelo amigo atleticano Fred.

"Eu achei a cidade tranquila. Para mim, está sendo totalmente diferente, estou gostando. O Fred já havia me falado que eu iria gostar, porque é uma cidade bem tranquila e eu sou assim. Então, acho que acabei de chegar e pretendo ficar um bom tempo", comentou.

Além da capacidade técnica, diferenciado é também o estilo do jogador. A começar por uma das principais ferramentas para jogar futebol. Cercado por chuteiras cada vez mais coloridas no mundo da bola, o meia é adepto gosta mesmo do tradicional. Nos pés, o preto é a cor preferida.

"Eu estou conversando com algumas marcas e fica mais fácil você não ter uma, mas eu gosto de chuteira preta. A minha preferência sempre foi o preto. A gente vê jogador usando chuteira colorida, quando tem contrato, você é obrigado a usar a chuteira da marca. Por isso que está esse arco-íris às vezes no campo", comenta.

Apegado à família e amigos, Thiago também carrega no corpo lugares e pessoas especiais. Em cinco locais espalhados pelo corpo, o meia se orgulha de suas tatuagens, mas confessa que ainda pretende fazer outras, já que o pequeno Bernardo, que nasceu em 2015, ainda não foi homenageado pelo paizão.

"Eu tenho cinco tatuagens. Uma de quando comecei a namorar a minha esposa. Outras com os nomes do meu irmão e da minha mãe em árabe. Minha primeira foi (a escrita) Deus e família em japonês. Tenho do Rio de Janeiro, que é onde eu moro (com residência fixa) e também da minha filha, Maria Carolina. Agora falta o meu filho, que não sei onde vou colocar, além de uma gralha azul (ave-símbolo do Paraná)".

Presente de aniversário da torcida e maior contratação da temporada, o meia agora persegue seu primeiro gol com a camisa celeste. As assistências continuam saindo, mas balançar as redes ainda não foi possível. Na última quarta-feira, Thiago até ganhou a oportunidade de bater o pênalti contra o Murici, pela Copa do Brasil, mas parou no goleiro Dias e desperdiçou a chance de sair do zero.

Foto: Cristiane Mattos/Light Press/Cruzeiro

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