A vitória por 4 a 1 sobre a Argentina nos pênaltis (empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação), no último sábado, na final da Copa América, encerrou o jejum e entrou para a história do país sede do torneio em 2015

A vitória por 4 a 1 sobre a Argentina nos pênaltis (empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação), no último sábado, na final da Copa América, encerrou o jejum e entrou para a história do país sede do torneio em 2015

Após mais de 100 anos de disputas internacionais, a seleção principal do Chile, enfim, conquistou seu primeiro título em competições oficiais. A vitória por 4 a 1 sobre a Argentina nos pênaltis (empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação), no último sábado, na final da Copa América, encerrou o jejum e entrou para a história do país sede do torneio em 2015.

A "cavadinha" da Aléxis Sánchez na cobrança que deu o título aos chilenos coroou a boa campanha do time que conseguiu parar Lionel Messi na decisão e iniciou uma festa histórica que parecia não ter hora para acabar. O cenário de festa era justo para aqueles que soltavam o grito entalado na garganta. Nem tudo, porém, foi perfeito roteiro da conquista do último sábado.

Apesar do título merecido após uma campanha sólida, o Chile viu uma Copa América manchada por episódios polêmicos que envolveram polícia e até mesmo uma tabela facilitada na disputa em casa.

Antes mesmo de a bola rolar, os rivais da boa seleção do técnico Jorge Sampaoli questionavam as decisões da tumultuada Conmebol. Com uma tabela direcionada, o Chile não disputou qualquer partida fora de Santiago, sendo beneficiado por não se desgastar com deslocamentos em viagens.

Quando o torneio começou, mais problemas para os chilenos. O maior deles foi com Arturo Vidal. Após a boa atuação no empate com o México, o meia se envolveu em uma colisão com sua Ferrari e acabou detido pela polícia local por estar dirigindo com quantidade de álcool não permitida.

Até mesmo a população que parecia apoiar a causa da seleção a qualquer custo se virou – em parte – contra "La Roja". Houve um apelo popular para que Vidal fosse cortado após ser detido e passar a noite na cadeia. Mas Sampaoli bancou sua continuidade na delegação. Ao menos o final foi feliz e abafou tamanha polêmica.


Problemas fora de campo
Se dentro das quatro linhas tudo correu como esperado para o time chileno, o mesmo não se ponde dizer fora dos gramados. Desde o início, a Copa América foi cercada de problemas. Já no primeiro dia, horas antes da estreia, um enorme protesto de professores deu o tom do que seriam as próximas semanas. Manifestações e conflitos marcaram o torneio.


A organização também não era das melhores. Com estádios inaugurados a poucos dias da estreia – Concepción – e ajustes operacionais acontecendo enquanto a bola rolava, o Chile mostrou que ainda precisa evoluir se quiser receber competições maiores.

Ainda fora de campo, um problema que fugiu da alçada dos organizadores. O país viveu uma grande crise por conta da poluição elevada. A capital Santiago chegou a entrar em estado de emergência por duas vezes, com o governo proibindo atividades físicas ao ar livre.

Mas a seleção de Sampaoli, Valdivia, Vidal, Sanchéz, Medel e outros não se importou com nada disso. E superou todos os obstáculos para realizar o sonho "vermelho" de ganhar o primeiro título da história justamente em casa. Festa manchada, porém merecida.

Foto: UOL

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