Corinthians cai e 21ª rodada se torna madrasta para os clubes da capital paulista

Corinthians cai e 21ª rodada se torna madrasta para os clubes da capital paulista

Quando a Chapecoense levou aqueles 5 a 0 do Barcelona, não faltaram engraçadinhos nas redes sociais dispostos a fazer chacota acerca daquela goleada que, em função da enorme disparidade de forças existente entre as duas equipes, esteve longe de poder ser considerada um desastre.

Respondi a algumas dessas provocações, chamando a atenção para o fato de que a Chape não fez feio naquele confronto de forças desiguais,  já que temos o precedente de outra goleada de time brasileiro para a esquadra catalã - essa sim vexatória -, representado pelo 4 a 0 que o Barcelona aplicou no Santos, com Neymar no time, na decisão do  Mundial da FIFA, em 2011.

Nesse período de queda de rendimento, depois da troca de treinadores, em que a Chapecoense ingressou na zona de rebaixamento, recebi da torcedora da Chape Marcelina Caeneghen, de Chapecó, uma camisa do clube.

Agradecido pelo belo presente, prometi fazer uma foto vestindo a gloriosa jaqueta alviverde e ilustrar minha coluna neste portal esportivo tão logo a equipe comandada por Vínícius Eutrópio saísse do Z-4.

Quando me propus a isso, o fiz acreditando que esse retorno da boa Chape à zona de conforto do Brasileirão não haveria de demorar, uma vez que nos provou repetidas vezes sua capacidade de reação diante de situações menos favoráveis. 

Contudo, avaliando as circunstâncias do momento, sequer me passou pela cabeça que isso viesse a acontecer já nesta rodada de domingo do campeonato da série A, por uma razão óbvia. 

O próximo compromisso da Chapecoense, após retornar da viagem à Europa e Ásia, seria diante do Palmeiras de Cuca, em fase ascendente, além do que o enfrentaria na Arena palmeirense, diante de sua torcida.

Devo admitir contudo que fui uma espécie de "homem de pouca fé" ao subestimar essa possibilidade, pois o aguerrido esquadrão de Chapecó provou que seria capaz de derrotar o Palmeiras em seus próprios domínios, deixando para trás o desconforto do Z-4 e entregando a outro clube paulista, o São Paulo, o incômodo lugar que ocupava na "zona da degola".

Em razão da convincente vitória de 2 a 0 da Chape diante do gigante alviverde da pauliceia, tive que admitir que a hora de cumprir a promessa seria agora, retribuindo assim a gentileza da torcedora de Chapecó que me presentou com esse mimo do desporto nacional. 

É por essa razão que figuro no alto desse texto,  vestindo a camisa esmeraldina que comoveu o mundo no lamentável advento da tragédia aérea e tanto tem encantado o Brasil ostentada por briosos atletas, heróis vitoriosos de tantas e memoráveis jornadas.  

Fazendo agora uma breve análise sobre os principais resultados dessa  21ª rodada do campeonato, vale observar que ela acabou se tornando uma parada indigesta para os três grandes clubes paulistas da capital. 

Antes dessa derrota do Palmeiras para a Chape, em sua Arena, o líder Corinthians havia perdido sua invencibilidade ao cair diante do Vitória, pelo escore mínimo, na abertura da rodada, sábado, resultado de certo modo surpreendente, considerando a larga diferença em pontos entre os dois contendores. 

O São Paulo, por sua vez, não foi além de um modestíssimo empate com o Avaí, penúltimo colocado na tabela, entrando novamente na zona de rebaixamento, fato que pode colocar em xeque o trabalho do técnico Dorival Júnior.

Quem se deu relativamente bem nessa 21ª rodada da série A, além da Chapecoense, que surpreendeu o Palmeiras e saiu do Z-4, foi o Grêmio de Renato,  que manteve a vice-liderança avançando 1 ponto em relação ao líder Corinthians, ao empatar em 0 a 0 com o Atlético Paranaense, atuando com um time reserva.

Claro que, pelo fato de ter jogado em casa sabendo que poderia encostar mais no líder, que havia se despedido de sua invencibilidade no dia anterior, o ideal teria sido o tricolor ter enfrentado o Furacão com sua equipe principal.

Mas isso seria uma opção temerária, haja vista o compromisso de quarta-feira no Mineirão, contra o Cruzeiro, que pode garantir ao Grêmio a vaga para a final da Copa do Brasil, diante de Flamengo ou Botafogo.

Mesmo que viaje para Belo Horizonte, levando a vantagem  do 1 a 0 alcançado no jogo de ida dessa decisão, em Porto Alegre, o tricolor gaúcho optou por poupar seus titulares para esse confronto de copeiros. Afinal, a Raposa está ferida, mas não está morta.

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Foto: Arquivo do colunista

Foto: UOL

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