Para Mano, Jadson é o jogador que falta

Para Mano, Jadson é o jogador que falta

Guilherme Palenzuela e Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

A primeira reação do meia Jadson foi temer a troca do São Paulo pelo Corinthians, quando proposta. Com a evolução das conversas e o interesse do atacante Alexandre Pato em jogar no Morumbi, Jadson repensou. Os motivos que levaram o agora ex-camisa 10 são-paulino a aceitar a mudança foram a possibilidade de reerguer o Corinthians a partir de uma crise e também a oportunidade de trabalhar com Mano Menezes, primeiro a leva-lo para a seleção brasileira.

Antes de se transferir para o São Paulo, no início de 2012, Jadson jogou por seis temporadas no Shakhtar Donetsk, na Ucrânia. Sempre mostrou ótimo desempenho no leste europeu – é ídolo histórico do clube no qual jogou, sendo o único brasileiro a ter o nome gravado no hall da fama do Shakhtar. No entanto, foi preciso esperar até a última temporada na Ucrânia, em 2011, para ser lembrado pela seleção brasileira. Mano Menezes, que assumiu a vaga deixada por Dunga após o fracasso na Copa do Mundo de 2010, deu chances ao meia.

Foram cinco jogos na seleção brasileira sob o comando de Mano Menezes até 2012. Jadson participou de amistosos contra França, Escócia e Romênia e foi convocado para a Copa das Confederações. Como conta o Blog do Perrone, foi um desejo de Mano que fez o processo de troca entre os clubes começar.

Agora, o meia colocou frente a frente a oportunidade de voltar a trabalhar com o treinador que lhe deu o grande reconhecimento da carreira e a escolha de continuar tentando convencer Muricy Ramalho a escala-lo. Escolheu a primeira. E Mano já o elogia. Após a quarta derrota seguida do Corinthians – contra o Bragantino, pro 2 a 0, quarta-feira, no Pacaembu – o técnico disse que Jadson dará à equipe a oportunidade de montar um esquema que permitirá variações dentro de campo, sem substituições.

Para Mano, Jadson é o jogador que falta. Não é o meia estático, como Danilo e Douglas – este se transfere para o Vasco, no processo de reformulação do elenco. Jadson pode cair pelas laterais do setor ofensivo e é mais rápido.
Após ser lembrado por Mano Menezes, Jadson permaneceu prestigiado por Luiz Felipe Scolari. Melhor jogador do São Paulo no primeiro semestre do ano passado, manteve as convocações esporádicas e fez parte do grupo de 23 jogadores que conquistou a Copa das Confederações, em final sobre a Espanha.

O outro fator que motivou o meia foi a chance de participar e se beneficiar do ressurgimento do Corinthians a partir da crise. Hoje Jadson está em baixa: começou a pré-temporada sem ritmo, com deficiência na preparação física e não foi relacionado para as quatro primeiras partidas do Paulistão. Precisa se reerguer, assim como o Corinthians. A avaliação do meia é que o caminho é otimista. É improvável que, a partir de sua chegada, fique pior do que está no momento.

Foto: UOL

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