Carpegiani processou o Coxa por entender que descumpriram com o combinado

Carpegiani processou o Coxa por entender que descumpriram com o combinado

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

O ex-técnico do Coritiba, Paulo Cézar Carpegiani, processou o clube por entender que a diretoria não correspondeu com o prometido a ele quando da renovação de contrato no final de 2016. "Entrei por que nem minha carteira foi assinada", relatou em conversa com o UOL Esporte, "Saí com os meses devendo, atrasados de salário. O juiz vai ver quem é que tem razão." Nesta semana, Carpegiani e seus advogados recusaram um acordo na Justiça do Trabalho.

O treinador comandou o Coxa por 32 jogos desde agosto de 2016, assumindo a equipe na virada do turno do Brasileirão, quando ocupava a 18ª posição, dentro da zona de rebaixamento. O time acabou em 15º e, por ocasião do acidente com o avião da Chapecoense, que adiou em uma semana a última rodada do campeonato, mandou reservas a Campinas, enfrentar a Ponte Preta. O time perdeu e ficou fora da Copa Sul-Americana 2017. A decisão foi conjunta entre comissão técnica e diretoria, que entendeu por bem manter a promessa de dar férias aos jogadores.

Carpegiani foi relutante em renovar, mas acabou convencido. Em trecho da ação que move contra o clube na 11ª Vara do Trabalho de Curitiba, descreve as pendências. "Em 5 de agosto de 2016, o autor foi contratado pelo réu para a função de treinador profissional de futebol da sua equipe principal, pelo prazo determinado de 5 de agosto de 2016 até 31 de dezembro de 2016 (CLT, art. 443 §1º), com salário integral de R$ 155.923,50 mais habitação (CLT, art. 458). Em 16 de dezembro de 2016, o contrato a prazo fora prorrogado a partir de 1º de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2017, com salário passando para R$ 281.754,15 de janeiro de 2017 até abril de 2017, e de abril até dezembro de 2017, no valor de R$ 301.754,15 até dezembro de 2017, mais habitação."

O técnico foi demitido após a eliminação na Copa do Brasil 2017 para o ASA-AL. "Não assinaram minha carteira, eu renovei em janeiro e quando houve a demissão não me assinaram a carteira. Saí, ninguém conversou comigo. O único que falou foi o presidente (Rogério Portugal Bacellar). Ele que me informou da saída", relembra. Pachequinho comandou o clube na reta final do Paranaense e acabou campeão – posteriormente, foi trocado por Marcelo Oliveira, o atual técnico.

Foto: Robson Ventura/Folhapress (retirada do portal UOL)

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