Parreira e seus sócios da Next Global: expectativa de ter 500 clientes em um ano e meio

Parreira e seus sócios da Next Global: expectativa de ter 500 clientes em um ano e meio

Por UOL

O técnico de futebol Carlos Alberto Parreira está à frente de um novo desafio. Agora, os boleiros não serão mais seus comandados, serão seus clientes. De olho em um mercado que movimenta centenas de milhões de reais anualmente no país, o treinador está lançando a Next Global, uma empresa de comércio exterior que tem entre seus objetivos ser a principal fornecedora de veículos e aeronaves importadas para jogadores de futebol brasileiros.

Trata-se de um filão de mercado promissor, levando-se em conta o gosto de atletas por veículos importados, que vez ou outra enfrentam problemas na Justiça graças a compras realizadas sem a devida observação das normas que regem a aquisição de produtos importados.

Em fevereiro deste ano, os jogadores Emerson Sheik, do Corinthians, e Diguinho, do Fluminense, enfrentaram uma investigação do Ministério Público para apurar a compra de um veículo BMW.

De acordo com Michelle Fernandes, diretora de logística da Next Global e sócia de Parreira no negócio, os jogadores de futebol compõem "mercado interessante para importação de bens de luxo, como carros".

Segundo ela, a ideia de lançar o negócio foi motivada pelos problemas enfrentados por jogadores que tentam importar produtos sem a devida observação de todos os procedimentos técnico-legais que este tipo de operação requer, mas não só por isso, "e sim pela demanda do mercado em geral de mercadorias importadas e a demanda internacional por mercadorias brasileiras".

A Next Global aposta que pode ter sucesso neste filão porque, além de contar com a figura de Carlos Alberto Parreira, conhecida e dona de credibilidade junto aos boleiros, oferece um serviço que livra os atletas dos entraves burocráticos.

"A empresa oferece o translado e a nacionalização de mercadorias de alto valor agregado, como os carros esportivos e aeronaves, com total segurança e respeito às exigências aduaneiras", informa a empresa.


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Por enquanto, a companhia está presente apenas no Rio de Janeiro. "Temos, somente na área comercial, 20 pessoas no Rio de Janeiro e um setor de atendimento para exportadores identificando novos negócios. Mas já estamos montando equipes em outras cidades, como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília", conta Michelle Fernandes. A expectativa dos executivos é chegar a 500 clientes dentro de um ano e meio.

Além de jogadores de futebol, a Next Global pretende atuar no mercado de pessoas jurídicas. "Atuamos em vários segmentos: desde maquinário, commodities e encomendas de carros e helicóptero. E muitos projetos sendo realizados", conta a diretora de logística. O investimento na abertura da empresa não foi divulgado.

Fotos: UOL

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