Diego Aguirre terá que realizar um trabalho acima da média

Diego Aguirre terá que realizar um trabalho acima da média

Quem acompanhou o jogo São Caetano x São Paulo pelas quartas de final do Paulistão viu que o problema do time é muito maior do que o treinador. Saiu Dorival Júnior e entrou Diego Aguirre, mas a postura geral de resposta aos problemas do jogo continua a mesma. O novo técnico teve apenas um treino antes desse confronto e obviamente pouco conseguiu interferir no processo. Então o que se viu foi a continuidade de um jeito de jogar que transcende o comandante.

Não gosto de segmentar o jogo em partes técnicas, táticas, físicas e emocionais. Uma partida de futebol tem todas essas vertentes juntas ao mesmo tempo. Um drible, por exemplo: tem o próprio gesto técnico da finta, tem a noção tática de se esse drible deve ser feito ou para o lado ou para frente, a parte física de conseguir ter velocidade para cumprir a ação e a coragem de tentar passar por um adversário. Tudo junto em uma única ação.

Por isso não me parece muito assertivo dizer que, por exemplo, falta "pegada" a uma equipe. Se os jogadores estiverem mal distribuídos em campo de nada adiantará a tal raça. Será o popularmente conhecido como correr errado.

O que há no São Paulo é um elenco mal formado, com jogadores em péssima fase técnica ( Petros e Jucilei formam a dupla de volantes em pior fase no Brasil), uma desorganização tática nos quatro momentos do jogo - ataque, defesa, transição defensiva e transição ofensiva -, falta de confiança para jogar e consequentemente, por todos esses fatores, um desgaste físico maior do que o normal.

O Tricolor até pode se classificar, por mais que eu aposte minhas fichas que o São Caetano chegue à semifinal. Mas independentemente desse resultado, Diego Aguirre terá que realizar um trabalho acima da média do que se vê aqui no Brasil para fazer dessa atual equipe uma equipe vencedora.

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

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