A bola já começou a rolar no Brasileirão. A Série B teve início na sexta (13/05), e com as mudanças propostas pela IFAB (International Football Association Board).

No site da CBF, Wilson Seneme, instrutor da Fifa, e membro da Comissão de Arbitragem da Conmebol, afirmou que aconteceram várias alterações (no texto), e alguns pontos de interpretação, que certamente vão gerar muita polêmica nas primeiras rodadas.

A principal, na visão do ex-árbitro, será a chamada “oportunidade manifesta de gol”. Na regra 12 (faltas e incorreções), quando se marcava um pênalti, impedindo essa oportunidade, o infrator era expulso de campo (e ficava fora do próximo jogo da sua equipe).

Com a mudança na interpretação da regra, se a falta for provocada na disputa de bola, sem a intenção de cometer a infração, o pênalti é assinalado, mas o infrator será punido apenas com o cartão amarelo.

Objetivo é não penalizar exageradamente o clube, que teria um pênalti contra, e ainda um jogador a menos com a expulsão do seu atleta (redução da punição disciplinar).

Porém, se o árbitro interpretar que o infrator teve realmente a intenção de fazer a falta, ignorando a bola, visando o corpo do adversário e promovendo o anti-jogo, o pênalti será marcado e o infrator expulso de campo.

Acontecendo a infração fora da área a regra de interpretação não terá alterações, no entanto, se ocorrer disputa da bola fora do campo, com falta, na linha de fundo (antes punida com bola ao chão), mas ocorrendo nos limites da área, será assinalado tiro livre direto (pênalti), já que na nova interpretação, a ação, é mais grave do que estabelecer a linha da área como limite.

Resumindo, o livro de regras foi reorganizado e atualizado para facilitar a leitura e o entendimento pelos árbitros e por toda a comunidade do futebol. Cerca de 10 mil palavras foram retiradas para que o texto ficasse mais claro e objetivo.

Mesmo que em caráter simples, houve mudanças em 16 das 17 regras, sendo a única a não sofrer alteração, a de número 2 (que fala sobre a bola).

Que tenhamos um futebol mais limpo, com menos erros, mas se eles ocorrerem, pelo menos que não interfiram no resultado dos jogos, e que os árbitros estejam “afinados” no tais “pontos de interpretação”.

Foto: UOL