Na foto, da esquerda para a direita: o jornalista Juarez Araújo e os históricos jogadores de basquete Amaury Pasos e Wlamir Marques

Na foto, da esquerda para a direita: o jornalista Juarez Araújo e os históricos jogadores de basquete Amaury Pasos e Wlamir Marques

Por Juarez Araújo

Amigos do basquete, aqui mais uma vez para tentar ser o mais justo possível na minha coluna no Portal do Terceiro Tempo, que é um dos melhores do Brasil sob o comando do fenômeno Milton Neves. O assunto que vou abordar é muito delicado e é com relação à falta de memória, de justiça, de reconhecimento e o carinho que nossos ídolos do esporte, em especial do basquete, que não foram agraciados pelo comitê organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com relação ao revezamento da Tocha Olímpica.

Como jornalista, participei de duas Olimpíadas (Barcelona 92 e Atlanta 96), e confesso que fiquei envergonhado com a escolha das personagens que desfilaram no revezamento da Tocha Olímpica. Não é segredo para ninguém que boa parte da minha vida profissional foi dedicada ao basquetebol. Para ter uma ideia, fiz cobertura de 21 mundiais (masculino e feminino, juvenil e de clubes), além de duas olimpíadas e dois pan-americanos.

Fosse eu alguém influente do COB, por ser uma primeira Olimpíada em nosso País, iria sem piscar que iria privilegiar os nossos heróis olímpicos. Aquela cerimônia do início da caminha rumo ao Rio,saindo de Olímpia, na Grécia, teria a presença do nosso único medalhista olímpico de 1948 ainda vivo. É Alberto Marson, que aos 93 anos e vivendo em São José dos Campos, poderia ter essa honraria e o quanto ficaria maravilhado com tal atitude. Em 1948 o basquete brasileiro conquistou a única medalha da delegação brasileira que foi de bronze bronze. Fosse eu do COB, Moysés Blás, medalha de bronze em 1960, seria o primeiro a caminhar com a tocha em Belo Horizonte, onde reside.

Fosse eu do COB, Amaury Pasos, bicampeão mundial, duas medalhas olímpicas de 1960 e 1964, juntamente com seu eterno parceiro Wlamir Marques, seriam homenageados no palco olímpico, juntamente com Mosquito, Jathyr, Waldy Boccardo, Edvar Simões, Fritz Braun, Victor, Sérgio Macarrão e Antônio Salvador Sucar, foram outros medalhistas que tanto mereciam tal honraria. Teriam lugar de destaque na Arena do Rio pelo menos em uma partida. O quanto seria importante para esses heróis olímpicos. Mas nem a Tocha Olímpica a maioria nem irá tocar. O que fizeram alguns repórteres e atores de novela globais para o esporte olímpico. O que fizeram às duplas sertanejas, atores, políticos, Meu Deus, tanta ignorância esportiva tem meu querido Brasil. Quem mais merecia, nem contatado foi. Quem mais merece estar na Arena dos jogos, nem convidado foi. Para um mundo injusto que é o nosso, onde merece mais quem é cliente Bradesco, Samsung...Santo Deus, acorda Brasil.

Em um País que preserva suas histórias olímpicas, os nossos medalhistas olímpicos, todos, seriam homenageados pelo menos em um jogo no Rio. Mas aqui no Brasil não existe isso. Pelo contrário quem quiser ir ao Rio, que se vire: Wlamir Marques, vai ao Rio, mas como comentarista da ESPN, e Amaury Pasos, nosso maior fenômeno do bolo-ao-cesto, vai, porém, pagando seu ingresso. Sem contar com outros atletas olímpicos que irão pagar para sentir-se no palco e atmosfera que já viveram. Vergonha. Gente e veja bem. Estou falando do basquete, imaginem quantas injustiças estão acontecendo.

Outro detalhe inaceitável é que o pivô Gérson Victalino, premiado em carregar a tocha em Belo Horizonte, gostaria de guardar a mesma. Não pode, porque não é cliente da... (não merece nem por o nome aqui). Caso quisesse a tocha de lembrança teria que pagar quase três mil reais. Vergonha.

Inicialmente citei os heróis olímpicos do basquete masculino. Vamos às nossas meninas, campeãs mundiais e duas medalhas olímpicas: Paula, Hortência, Marta, Janeth, Leila Sobral, Adriana Santos, Adriana Moisés,Silvia Luz, Helen Luz, Alessandra Oliveira, Cintia Santos, Cláudia Pastor, Karen, Lillian Gonçalves, Claudinha Neves e Rosely Gustavo. Enfim, elas ganharam medalhas olímpicas. Elas sim mereciam a honraria de carregar à tocha, mas, infelizmente nem lembradas foram.

Não é só na política que o Brasil precisa ter um choque de gestão. No esporte também, onde indicar um amigo para ocupar o posto de um herói olímpico, vale mais que as conquistas desses heróis do nosso esporte. Sabe, chego aos 60 anos vendo quase as mesas figuras no comando do COB e não muda quase que nada.

Nada contra os heróis do vôlei, mas esse País não é do vôlei. Ou melhor, só o vôlei tem histórico olímpico para ter tanto privilégio no revezamento da tocha. Uma vergonha. Estou me sentindo indignado, imagem quem realmente mereceu a tal honraria. Infelizmente terei que contar essa triste história para meus netos. Espero que sejam muitos netinhos.

DE BANDEJA

Uma baixa que vai fazer falta. Em plena ascensão no Chicago Bulls, equipe que o convidou no ano passado, o mineiro Cristiano Felício, que seria uma opção imediata para o lugar de Tiago Splitter, contundido, não deverá aceitar à convocação do técnico Rubén Magnano, da Seleção Brasileira. O atleta achou melhor atender o pedido feito pelos Bulls e vai cumprir o planejamento feito pela direção dos Bulls para que ele fique treinando em Chicago.

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Flamengo e Bauru/Paschoalotto irão fazer pela segunda vez seguida às finais da Liga Nacional de Basquete. O último, em jogo único, venceu o Flamengo que é o atual tricampeão. Para chegar à final, o Mengão venceu o Mogi/Helbor, no quinto jogo, por 79 a 75, terça-feira (17), no ginásio do Tijuca, no Rio. A série melhor de cinco pelas finais irá começar no próximo sábado (21), em Marília, onde o Bauru vai levar seus dois jogos, o quarto se necessário. O Flamengo vai levar seus jogos na Arena Carioca, construída especialmente para os Jogos Olímpicos.

A série

Dia 21/5, em Marília, às 14h10 – Bauru x Flamengo
Dia 26/5, no Rio, às 21horas – Flamengo x Bauru
Dia 28/5, no Rio, às 14h10 – Flamengo x Bauru
Dia 04/06, em Marília, às 14h10 – Bauru x Flamengo*
Dia 11/06, no Rio, às 14h10 – Flamengo x Bauru*
*se necessário

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Estão rolando no momento às finais das conferências da NBA. Como é do conhecimento de todos, os campeões de conferências fazem à final da NBA, sempre em melhor de sete jogos. Na Conferência do Leste, o Cleveland Cavaliers, de LeBron James e Cia, não deu moleza e massacrou o Toronto Raptors, dos brasileiros Lucas Nogueira e Bruno Caboclo, com uma convincente vitória por 115 a 84, no primeiro jogo. O segundo encontro será nesta quinta-feira, novamente em Cleveland. Já na Conferência do Oeste, o Oklahoma City Thunder, de Durant e Westbrook, surpreendeu o Golden State Warriors, atual campeão, de Stephen Cury e Cia, por uma vitória por 108 a 102. O segundo encontro da serie será nesta quarta-feira (18), novamente em Oakland, na Califórnia.

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