Matheus Fernandes, do Botafogo, disputa lance com Fernandinho, do Grêmio

Matheus Fernandes, do Botafogo, disputa lance com Fernandinho, do Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

Botafogo e Grêmio correram, tentaram, mas ninguém saiu em vantagem no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores. Nesta quarta-feira (13) os dois times fizeram uma partida de tempos distintos, com muito volume e poucas chances claras de gol. Resultado: empate sem gols e adiamento da decisão sobre o duelo para a próxima semana, em Porto Alegre.

Na próxima quarta-feira, na Arena do Grêmio, quem vencer avança de fase. O Botafogo ainda poderá jogar por qualquer empate com gols – por conta do saldo qualificado.

A atuação do Botafogo não foi de encher os olhos, como em outros jogos como mandante na Libertadores. João Paulo, Pimpão e Roger conectaram poucas jogadas. Matheus Fernandes e Gilson tiveram boa participação.

Já o Grêmio, sem Geromel e Luan vetados pelos médicos, surpreendeu. Mesmo com várias baixas, o Tricolor fez uma partida com aspectos positivos. Edilson e Arthur foram os melhores, mas Léo Moura e Barrios ficaram abaixo.

Quem brilhou: Arthur

Passes curtos, passes longos. Visão de jogo, infiltração. Intensidade. O camisa 29 do Grêmio fez um primeiro tempo irretocável e levou o time gaúcho à frente no melhor momento dentro da partida. Na etapa final, protagonizou outras jogadas com fluidez e objetividade.

Quem decepcionou: Rodrigo Pimpão

Uma das armas do Botafogo e sua verticalidade letal, o meia-atacante ficou isolado no começo pela estratégia do Grêmio de sufocar o lado esquerdo. Na etapa final não melhorou e foi o segundo a ser sacado por Jair Ventura.

Personagem

Tite e Cleber Xavier

Em um dos camarotes do estádio Nilton Santos estavam o treinador da seleção brasileira e seu braço-direito. Tite e Cleber Xavier seguiram a rotina de acompanhar jogos in loco para avaliar alvos. A próxima convocação será na sexta-feira, dia 15.

Pênaltis?

Cada lado do jogo teve a chance de reclamar, e muito, de penalidade máxima não marcada. No primeiro tempo foi a vez do Grêmio, que viu toque de mão de Carli após bola da esquerda. Na etapa final o Botafogo contestou a inércia da arbitragem diante de uma dividida entre Gilson e Edilson.

Botafogo cresce depois do intervalo

Intenso, o Botafogo começou o jogo em pequena vantagem e depois sofreu com as variações do Grêmio. Fechou a etapa inicial amarrado, sem conseguir criar, e vendo individualidades apagadas por conta do volume rival.

Depois do intervalo o time carioca foi mais para cima e criou pressão. Gerou chances mais contundentes de gol - uma delas após erro crasso de Cortez e chute bloqueado de Roger.

Grêmio faz bom primeiro tempo

As ausências não fizeram o Grêmio jogar fragilizado. Sustentado por Arthur livre, o time gaúcho controlou o meio-campo após início disputado no campo da imposição física. O volume se traduz nos números. De acordo com estatística da Conmebol, o Tricolor acumulou 221 passes até o intervalo com 93% de acerto. As chances de gol foram poucas. Fernandinho (duas vezes) e Arthur foram os que chegaram mais perto do gol de Gatito.

Na defesa, o Tricolor foi seguro e conseguiu controlar Roger e dosar esforços ao cercar Rodrigo Pimpão no primeiro tempo. Na etapa final ficou mais acuado, pela pressão adversária, e começou a sofrer com infiltrações. No ataque a produção caiu e as investidas foram raras.

Jair começa com Valencia e faz três trocas em nove minutos

Jair Ventura surpreendeu e barrou Rodrigo Lindoso para escalar Leo Valencia. Com o chileno no time, João Paulo ficou mais recuado. A postura mais ofensiva não encontrou guarida no começo do duelo e aos 21 do segundo tempo Lindoso foi a campo na vaga de João Paulo. Quatro minutos mais tarde foi a vez de Valencia sair para entrada de Marcos Vinicius. Aos 30 a última mudança foi Guilherme por Pimpão

Renato põe Léo Moura pelo lado e Ramiro no centro

Renato promoveu uma pequena mudança de posicionamento no começo do jogo. Ramiro iniciou centralizado e Léo Moura aberto pela direita. O experiente jogador pelo flanco reforçou o princípio de atacar a lateral esquerda do Botafogo. Deu certo no primeiro tempo. Na etapa final, Barrios sentiu e foi substituído por Everton aos 15 minutos.

Foto: Luciano Belford/AGIF (Retirada do Portal UOL)

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