Dirigente suíço conseguiu sua quinta reeleição e comandará a Fifa por mais quatro anos

Dirigente suíço conseguiu sua quinta reeleição e comandará a Fifa por mais quatro anos

O maior escândalo da história do futebol não afetou o desempenho de Joseph Blatter nas urnas. O dirigente suíço conseguiu sua quinta reeleição e comandará a Fifa por mais quatro anos ao derrotar nas urnas o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein, seu único adversário no pleito realizado nesta sexta-feira (29), em Zurique.

"Nós não precisamos de revolução, mas sempre precisamos evoluir. Estou sendo responsabilizado pela atual situação. Certo, vou assumir isso. Aceitarei a responsabilidade de corrigir a Fifa, junto com vocês", disse Blatter, em seu discurso antes da votação. O mandatário concederá entrevista coletiva apenas no próximo sábado. "Quero fazer isso agora, amanhã. Então poderei encerrar meu mandato e dizer que entreguei uma Fifa que atravessou uma tempestade".

"O que o futebol precisa agora é de um líder forte e experiente, que possa trabalhar com nossos parceiros políticos", completou o dirigente.

A reeleição de Blatter ocorre após a Fifa ter sido estremecida nesta semana por um escândalo de corrupção que envolveu 14 pessoas e levou à prisão sete dirigentes do alto escalão que aguardavam o início do congresso da entidade. Entre os detidos está o ex-presidente da CBF e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, José Maria Marin.

O escândalo fez com que a candidatura de Hussein ganhasse força. Presidente da Uefa, o ex-jogador Michel Platini reforçou o apoio da entidade ao príncipe jordaniano e pediu publicamente a Blatter que abandonasse o comando da Fifa.

Porém, não foi suficiente para impedir que Blatter chegasse a mais um mandato. O dirigente suíço deteve o apoio decisivo das confederações da América do Sul, Ásia e África e garantiu seu quinto mandato.

A eleição desta sexta-feira foi marcada por muita turbulência. Manifestantes ocuparam rua próxima da sede da Fifa com mensagens contra a reeleição de Blatter. Duas mulheres interromperam um discurso do mandatário no início das atividades do congresso, protestando contra os dirigentes e a favor da Palestina, e foram retiradas rapidamente. Para completar o tumulto, uma falsa ameaça de bomba movimentou a polícia suíça.

A CBF foi representada no congresso da Fifa pelo presidente da Federação Cearense, Mauro Carmélio. Presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Marco Polo Del Nero abandonou a Suíça na última quinta-feira e retornou o Brasil para acompanhar a sequência das investigações do caso de corrupção.

Apesar de não ter o nome citado no relatório do FBI, Del Nero aparentemente é um dos suspeitos listados nos documentos montados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Em dois arquivos um dos suspeitos é descrito como membro do alto escalão da Fifa, da Conmebol e da CBF, credenciais que batem com as de Del Nero. As ações desse personagem reforçam indícios de participação do atual chefe do futebol nacional no esquema de corrupção.

Foto: UOL

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