O dirigente negou saber algo sobre uma suposta propina de US$ 10 milhões detalhada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf

O dirigente negou saber algo sobre uma suposta propina de US$ 10 milhões detalhada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf

Do UOL, em São Paulo

Reeleito presidente da Fifa, Joseph Blatter reforçou a ideia de que não vai assumir sozinho a responsabilidade pelo escândalo de corrupção que assola a entidade. Em entrevista coletiva concedida neste sábado em Zurique (Suíça), o dirigente também voltou a alfinetar a participação dos Estados Unidos nas investigações. Além disso, demonstrou não temer ser preso.

O dirigente negou saber algo sobre uma suposta propina de US$ 10 milhões detalhada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf e ex-presidente da Fifa. "Se isso está em algum lugar nas investigações, deixe-a caminhar. Definitivamente, isso não é comigo".

A coletiva da vitória de Blatter ainda teve seu momento de tensão. O presidente reeleito foi perguntado se tinha medo de ser preso e reagiu com irritação. "Preso por qual motivo?", disse. "Próxima pergunta", concluiu sem deixar o jornalista replicar.

O autor da pergunta foi o jornalista britânico Steve Scott, apresentador de programa esportivo na emissora de televisão ITV News. Scott fez dois questionamentos bem direitos. O primeiro foi o se Blatter colaborou com investigações da polícia americana no caso de corrupção envolvendo dirigentes da Fifa. A segunda foi um complemento: "Caso você não tenha colaborado, tem medo de ser preso"?

Na reação, Blatter mudou a expressão facial, tirou o fone de ouvido com o áudio de tradução simultânea e disse: "sobre a primeira: não. A segunda: preso por qual motivo"?

O presidente da Fifa ainda reservou uma pequena crítica à ação de autoridades dos Estados Unidos e que resultou na prisão de vários dirigentes, acusados de envolvimento em corrupção. "Todos estes eventos culminaram na ação policial no hotel e, curiosamente, já havia três jornalistas norte-americanos lá. Eles estão fazendo investigações e têm o direito de fazer. Não estou preocupado", comentou.

Blatter também reafirmou seu compromisso de combater a corrupção dentro da entidade. "Estou aqui como presidente da Fifa. Continuarei meu trabalho e a luta por boas coisas. Mas não estou sozinho. O comitê executivo disse estar comigo."

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