A estreia do volante pelo time celeste ocorreu em 2012, sob a batuta de Celso Roth

A estreia do volante pelo time celeste ocorreu em 2012, sob a batuta de Celso Roth

Thiago Fernandes

Do UOL Esporte

Quem nunca pensou em largar tudo ou até mudar o caminho de sua carreira? Antes de se firmar como titular e peça fundamental para o bicampeonato brasileiro consecutivo do Cruzeiro, Lucas Silva, de 21 anos, viveu um momento de instabilidade, fato que o fez cogitar uma saída da Toca da Raposa.

A estreia do volante pelo time celeste ocorreu em 2012, sob a batuta de Celso Roth. Bastou uma falha defensiva diante de Ronaldinho, em clássico com o Atlético-MG, pelo Brasileirão, para o atleta perder espaço com o treinador.

Sem o respaldo da antiga comissão técnica cruzeirense, o meio-campista revela, em entrevista ao UOL Esporte, que pensou em respirar novos ares e conta que não foi emprestado por não achar uma situação interessante para ele e para o clube detentor de seus direitos econômicos.

"Foi um momento de altos e baixos, mas para mim valeu muito, porque foi a minha estreia como profissional, minha primeira experiência na equipe. Foi muito importante para mim. Então, serviu de experiência, realmente passou na minha cabeça sair para buscar novos ares, experiência para depois voltar ao Cruzeiro", disse.

"Não apareceu nenhuma (proposta). Ficou como uma cogitação apenas. A partir de então, eu teria que correr atrás de algum clube ou alguma oferta que fosse bom para os dois lados, tanto para mim quanto para o Cruzeiro. Logo depois, veio a minha oportunidade. Aproveitei e a questão do empréstimo foi descartada", acrescentou o jovem volante.

A troca de clubes não aconteceu. A mudança foi de chefe. Com a saída de Celso Roth, a diretoria do Cruzeiro buscou Marcelo Oliveira. O novo treinador, conhecido por valorizar as categorias de base, deu uma oportunidade a Lucas Silva. E a trilha percorrida por ele culmina na titularidade e no bicampeonato nacional seguido.

"O professor Marcelo me deu muita moral, me colocou para jogar e fez com que eu evoluísse bastante. Quando ele me deu uma oportunidade, me deu muita confiança. Assim, quando eu tive minha chance, eu não saí mais. Ele sempre vem me dando confiança e muitas dicas. É um treinador paizão mesmo, cuida de todos os jogadores. Eu devo muito a ele", afirmou.

A mudança de condição ocorreu mesmo com a forte concorrência no meio de campo. Lucas Silva disputou vaga com Henrique, Nilton, Leandro Guerreiro e Souza. Em 2013, atuou ao lado de Nilton. No ano seguinte, foi mantido entre os titulares e teve Nilton como companheiro no setor de contenção.

"A gente montou o time e eu sabia da concorrência, muito forte, muito pesada. Mas eu segui trabalhando forte, querendo buscar meu espaço e até a oportunidade de jogar, para mostrar que tinha condições de estar no Cruzeiro, de ser titular", observou.

A boa fase no Cruzeiro acarretou no interesse de agremiações do exterior. Real Madrid, Internazionale, Milan e Manchester United procuraram o estafe do jogador com o intuito de contratá-lo. O desejo dos europeus, por enquanto, não passa de especulação, mas Lucas Silva admite que as notícias mexem com ele.

"Quer queira quer não, isso mexe sim. Mas eu tento esquecer essa parte, focar apenas dentro de campo, porque eu nunca neguei que tenho um sonho de jogar fora (do país). Mas para isso acontecer, eu tenho que seguir me destacando aqui no Cruzeiro", ressaltou o volante.

Apesar de todo assédio, a diretoria celeste tenta mantê-lo no elenco e exige no mínimo 15 milhões de euros (cerca de R$ 47 milhões) para liberá-lo. Conforme publicações espanholas, o Real Madrid cogita desembolsar este valor pelo jovem meio-campista.

FOTO: UOL

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