Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
Tão logo demitiu Guto Ferreira, o Internacional já partiu atrás de um treinador para assumir o time em 2018. E o nome predileto na direção vermelha é Abel Braga. Atualmente no Fluminense, o treinador tem proximidade com o comando atual do clube e contaria, de cara, com apelo da torcida.
Entre as determinações do Inter, a mais presente é que não é mais hora de apostar. Nomes emergentes como os que comandaram a equipe neste ano não estão entre os cotados. Para a Série A (que será garantida em caso de empate com Oeste na próxima terça-feira) o plano é ter um técnico mais `pesado´.
Abel Braga foi o último treinador a comandar o Internacional em uma temporada inteira. Em 2014, foi campeão gaúcho e ainda levou o time ao terceiro lugar no Brasileirão, garantindo vaga direta na Libertadores de 2015. Seria o técnico do ano seguinte caso Marcelo Medeiros - atual presidente - tivesse vencido a eleição. Mas quem ganhou foi Vitória Píffero, que tentou Tite e Mano Menezes antes de abrir negociação com Abel, deixando o treinador entristecido. Quando foi procurado, Abel preferiu não permanecer e jamais escondeu a relação arranhada que ficou.
Mas hoje o momento é outro. Marcelo Medeiros e Roberto Melo, que trabalharam com Abel em 2014, têm relação muito próxima ao treinador. Mesmo distantes, eles mantiveram contato com ele durante o ano para tratar de assuntos distantes do futebol. Nunca esconderam a predileção pela volta dele em outro momento ao clube. Que se apresenta novamente agora.
Abel já era alvo do Inter caso o time não tivesse caído para segunda divisão. Ainda em campanha, Medeiros referiu a amizade com o treinador e aproximou uma volta, que acabou não acontecendo por conta do campeonato que o Inter disputaria e a possibilidade do treinador comandar o Fluminense.
No Rio de Janeiro, Abel tem mais um ano de contrato. Está seguro, mesmo com a campanha distante das primeiras posições que a equipe realiza. O Flu é apenas o 13º e luta contra o rebaixamento. Mas ainda assim o comandante tem total respaldo do comando do clube e não está ameaçado de demissão. Para sair, precisaria partir dele o pedido e ocorrer uma cordo financeiro para rescisão.
Pessoalmente, a morte do filho abalou o comandante que chegou a cogitar se afastar do futebol por um tempo. E até mesmo este fator pesa na análise do Inter. Nos bastidores, o clube gaúcho considera a relação positiva com a torcida uma possibilidade de recuperar além do profissional, o lado pessoal de Abel. Campeão da Libertadores e do Mundo no Colorado, ele é ídolo da torcida e chegaria com total respaldo.
Enquanto Odair Hellmann comandar o time - pelas próximas três rodadas - o Inter espera fechar com um treinador para efetuar o anúncio ao fim da Série B. Abel será procurado e dependerá da resposta dele prosseguir ou não na negociação.
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF (Retirada do Portal UOL)
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