Em jogo disputado, em que foi bastante exigido pelo adversário, o Atlético-MG confirmou seu bom momento, ao vencer a Chapecoense, por 1 a 0, na noite deste sábado, no Independência. Com o resultado, o alvinegro mineiro, que não perde há quatro jogos, três deles pelo Brasileirão, se manteve na quarta colocação, com os mesmos 50 pontos do Internacional, que tem uma vitória a mais do que o time atleticano – 15 a 14 –, e ainda joga, neste domingo, em casa, contra o Corinthians.

Independente dos jogos que complementam a 29ª rodada, neste domingo, o Atlético-MG não perde a quarta colocação, pois não poderá ser alcançado pelo Grêmio, atual quinto colocado, com 47 pontos, mas que empatou com o Goiás, em 0 a 0, neste sábado. O Corinthians, em sexto lugar, só poderá chegar a 49. Já a Chapecoense, que que vinha de uma goleada sobre o Internacional (5 a 0) e vitória diante do Bahia (1 a 0), teve sua sequência positiva interrompida, mantendo-se co9m 34 pontos, na 13ª posição.

A Chapecoense surpreendeu o Atlético ao fazer um jogo equilibrado, em, que embora tenha marcado forte, em nenhum momento fez retranca. O time atleticano foi melhor na etapa inicial, quando marcou seu gol com Douglas Santos. No segundo tempo, o alvinegro mineiro parece ter sentido o desgaste físico para eliminar o Corinthians, pela Copa do Brasil, com a goleada de 4 a 1, e quase cedeu o empate ao time catarinense.

As fases do jogo:Em apenas sete minutos, o jovem atacante Carlos já havia desperdiçado duas oportunidades incríveis, em lançamentos de Guilherme e Luan, em que entrou livre, mas, em ambas, finalizou mal e para fora. Apesar dos dois sustos iniciais, a Chapecoense não se assustou e chegou a surpreender por não apenas defender, mas tentar sair para o ataque. O time catarinense teve suas finalizações, mas a pontaria não estava tão calibrada. Mesmo errando muitos passes, o que comprometia seu jogo ofensivo, o alvinegro mineiro abriu o marcador, aos 28 min.

Guilherme acertou mais uma bela assistência e encontrou Guilherme Santos, livre, pela esquerda. O lateral bateu cruzado e venceu o goleiro Danilo, para alegria da torcida atleticana, que compareceu em bom número ao Independência. A desvantagem não modificou a maneira de jogar da Chapecoense, que marcava forte, mas também atacava, tentando explorar os avanços dos laterais atleticanos. Aos 37 min, Carlos foi lançado por Guilherme e colocou a bola nas redes, mas o lance foi anulado por impedimento, muito contestado pelos atleticanos.

O segundo tempo começou com a Chapecoense indo para o ataque, em busca do empate. Deu espaços para os contra-ataques atleticanos, que ameaçavam o gol defendido por Danilo, mas erravam as finalizações. A primeira mudança feita pelo técnico Jorginho foi para aumentar o poderio ofensivo da equipe, com a saída do volante Dedé e a entrada do atacante Bruno Rangel. E aos 21 min, Camilo, livre, quase empatou, mas chutou muito mal. O time visitante desperdiçou outras chances incríveis, uma delas com o próprio Camilo, aos 28min. Victor também fez boas defesas e a equipe anfitriã segurou sua 14ª vitória..

O melhor: Guilherme – Muito habilidoso e técnico, o meia-atacante atleticano se destacou com assistências preciosas para os companheiros de ataque, que desmontaram o sistema defensivo da Chapecoense.

O pior: Carlos – Jogador com muita velocidade, mas errou muitas finalizações, que poderiam ter tranquilizado o time atleticano e evitado o sufoco no final.

A chave do jogo: Velocidade do Atlético-MG – O time atleticano voltou a chegar ao ataque em jogadas de velocidade, alternando o toque de bola rápido com lançamentos longos e precisos de Guilherme. Dessa vez, conseguiu furar o bloqueio da Chapecoense, que marcou forte, mas não adotou retranca e buscou o ataque também, especialmente depois de ter ficado em desvantagem no placar. No segundo tempo, a equipe buscou para a pressão e chegou a calar a torcida atleticana, que não escondeu sua apreensão.

Para lembrar:

Luan em campo. O choro do meia-atacante Luan, no banco, durante a goleada sobre o Corinthians, por 4 a 1, pela Copa do Brasil, preocupou o torcedor atleticano, que temia até por nova fratura nas costelas. Mas, isso não aconteceu, e o jogador foi titular diante da Chapecoense.

Efeito suspensivo. O volante Bruno Silva atuou contra o Atlético-MG beneficiado pelo efeito suspensivo concedido pelo STJD, na última sexta-feira. O jogador da Chapecoense tinha sido suspenso por dois jogos por agressão física. Ele havia se envolvido em uma briga com o atacante Zé Carlos, do Criciúma.

Situação de Jô. A exemplo do que havia ocorrido nas vitórias sobre o São Paulo, por 1 a 0, pelo Brasileirão, e 4 a 1 contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, o atacante Jô não foi relacionado para o jogo com a Chapecoense, por indisciplina. Pouco antes do início da partida, neste sábado, o presidente Alexandre Kalil revelou que pretende resolver a situação do jogador na próxima segunda-feira, "se não tiver nada mais importante".

Muitos impedimentos atleticanos. Nos dois tempos, os atacantes atleticanos foram flagrados muitas vezes em impedimento. Mas, na etapa inicial, em pelo menos um lance, a televisão mostrou que o assistente Cleriston Clay Barreto Rios errou na sua marcação, quando Carlos, aos 37 min, recebeu de Guilherme e fez o gol, que foi mal anulado.

ATLÉTICO-MG 1 X 0 CHAPECOENSE

Data: 18/10/2014 (sábado)
Local: Independência, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (FIFA-AL)
Auxiliares: Fabio Pereira (FIFA-TO) e Cleriston Clay Barreto Rios (FIFA-SE)
Cartões amarelos: Rodrigo Biro (Chapecoense);
Gol: Douglas Santos, aos 28 min do primeiro tempo;

Atlético-MG
Victor; Marcos Rocha, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Dátolo, Luan (Maicosuel) e Guilherme; Diego Tardelli (Pierre) e Carlos (Cesinha)
Técnico: Levir Culpi

Chapecoense
Danilo, Fabiano, Rafael Lima, Grolli e Rodrigo Biro (Yuri); Bruno Silva, Diones, Dedé (Bruno Rangel) e Camilo (Júnior Timbó); Fabinho Alves e Leandro
Técnico: Jorginho

Foto: UOL