Os gols foram de Luan, Guilherme (duas vezes) e Edcarlos e asseguraram a classificação que levou o Mineirão à loucura

Os gols foram de Luan, Guilherme (duas vezes) e Edcarlos e asseguraram a classificação que levou o Mineirão à loucura

Do UOL, em São Paulo

Como nos melhores momentos da Copa Libertadores de 2013 quando foi campeão.

Nesta quarta-feira, o Atlético-MG tinha três gols de desvantagem, mas venceu o Corinthians por 4 a 1 para ir à semifinal da Copa do Brasil.

Os gols foram de Luan, Guilherme (duas vezes) e Edcarlos e asseguraram a classificação que levou o Mineirão à loucura.

Isto porque parecia impossível. No duelo de ida, os corintianos tinham vencido por 2 a 0. Parecia ainda mais quando Guerrero fez o primeiro na noite de quarta, mas foi possível em uma virada cheia de emoção.

Agora classificada, a equipe do Atlético-MG terá mais um time grande na tentativa de avançar à decisão da Copa do Brasil: sem tantos problemas, o Flamengo passou pelo América-RN e defende o título que conquistou em 2013.

Fases do jogo: Na primeira etapa, o Corinthians transmitiu a sensação de que poderia se classificar com tranquilidade. Afinal, aos 5min, Fagner mandou a bola para frente, Guerrero venceu Jemerson com muita facilidade e bateu firme na saída de Victor. Se antes parecia difícil, a missão atleticana já soava como quase impossível, mas o time da casa conseguiu mais volume e se motivou dentro do jogo.

Com muitas trocas de posicionamento na frente, mas a bola sempre pelos pés de Tardelli, Dátolo e Guilherme, o Atlético virou em dois lances quase casuais: Dátolo colocou bola venenosa, Luan confundiu Cássio e tocou de forma sutil com a cabeça. Não muito depois, Guilherme chutou firme e um desvio no zagueiro Felipe permitiu a virada atleticana. Enquanto isso, em alguns momentos, o Corinthians ainda conseguia tocar a bola na frente, mas sem tantas ameaças a Victor.

Sem Luan, sacado no intervalo com problema lombar, o Atlético perdeu seu homem de raça, e ainda não encontrou soluções no substituto. Maicosuel perdeu uma bola preciosa diante de Cássio logo no reinício da partida. Carlos acertou a trave, Tardelli cansou, e o time parecia esfriar aos poucos, mas contou com um belo gol de Guilherme para renascer aos 30min. E na base da pressão, em cobrança de escanteio, Edcarlos fez de cabeça.

O melhor: Guilherme - Armador atleticano, chamou a responsabilidade, principalmente, com o gol que reabriu o duelo aos 30min do segundo tempo em perfeita finalização de pé direito.

O pior: Malcom - Ao contrário de outro jogo importante que teve destaque, contra o São Paulo, desta vez o jovem corintiano foi o destaque negativo. Nos duelos pessoais com Douglas Santos, perdeu na maioria das oportunidades, e também desperdiçou boas chances na frente. Foi o primeiro a ser substituído por Mano Menezes.

Chave do jogo: A disposição atleticana - Mesmo em confronto que parecia invencível quando Guerrero ampliou o marcador agregado no Mineirão, o Atlético mostrou ter os nervos no lugar e foi atrás dos gols que tornaram o confronto emocionante até o final, quando Edcarlos anotou de cabeça e classificou o time da casa.

Toque dos técnicos: Ciente de que precisava de uma reviravolta no confronto, Levir Culpi adotou mais uma vez a formação ofensiva que rendeu vitória no clássico com o Cruzeiro. Renato Augusto, na saída do intervalo, chegou a citar a quantidade de meias do Atlético. Desde Dátolo, mais volante, a Diego Tardelli, mais atacante, mas também armador. A ofensividade fez com que o Atlético criasse chances o suficiente para se classificar. Frio em alguns momentos do jogo, como pedia Mano Menezes, o Corinthians não conseguiu ser seguro atrás como de costume.

Para lembrar:

A classificação do Atlético foi a primeira em um histórico de supremacia corintiana em confrontos eliminatórios. Seja por Campeonato Brasileiro (1990, 94, 99 e 2002), Copa do Brasil (1997 e 2014) ou Copa Libertadores (2000), os corintianos tinham levado a melhor em todos os duelos, mas caíram em Belo Horizonte.

Diego Tardelli, Elias e Gil jogaram pela Seleção Brasileira contra o Japão, em Cingapura, na manhã de terça-feira. Depois de 29 horas de viagem, com escala em São Paulo, chegaram à cidade da partida já à noite. Apenas Tardelli foi escalado desde o início, ajudou, mas teve participação discreta em 75 minutos em que atuou. Os corintianos ficaram no banco de reservas e só Elias foi acionado.

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