Uma possível vitória no confronto é vista de forma especial. Além da manutenção dos bons números desde que retornou ao time da Gávea, Luxa tem no clássico uma questão pessoal

Uma possível vitória no confronto é vista de forma especial. Além da manutenção dos bons números desde que retornou ao time da Gávea, Luxa tem no clássico uma questão pessoal

Rodrigo Paradella e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

O clássico deste domingo (21) entre Flamengo e Fluminense, às 16h, no Maracanã, marca o reencontro do técnico Vanderlei Luxemburgo com o Tricolor após dez meses da sua demissão. O atual comandante rubro-negro não esconde a mágoa com o rival e já se mostrou arrependido algumas vezes por ter trabalhado nas Laranjeiras contra a vontade do presidente Peter Siemsen e de boa parte da torcida.

Uma possível vitória no confronto é vista de forma especial. Além da manutenção dos bons números desde que retornou ao time da Gávea, Luxa tem no clássico uma questão pessoal. A exemplo do que viveu na passagem anterior pelo Flamengo, o treinador foi fritado e demitido depois de nove jogos sem triunfar no Fluminense.

A trajetória nas Laranjeiras foi complicada desde o início. Por conta de reconhecidamente torcer pelo Flamengo, Vanderlei sofreu resistência instantânea do presidente Peter Siemsen e da maioria dos torcedores quando Celso Barros optou por sua contratação durante o Campeonato Brasileiro de 2013.

Os primeiros resultados quebraram algumas barreiras, porém, a queda de rendimento rapidamente complicou o panorama. Com uma sequência de jogos sem vitória, Luxa foi fritado nos bastidores por jogadores e diretoria. As ligações de jornalistas para perguntar se ainda era técnico do Fluminense o incomodavam bastante, já que os dirigentes demoravam a emitir posição oficial.

A forma como foi desligado do cargo e as críticas dos cartolas deixaram Luxa oito meses na "geladeira" até voltar para tirar o Rubro-negro da lanterna do Brasileirão. O treinador considerou equivocada a forma como foi tratado e se incomoda com o caso até os dias atuais.

"O Peter Siemsen [presidente do Fluminense] não é firme. Eu não deveria ter ido quando ele disse que não gostaria de me contratar por eu ser rubro-negro. Mas me envolvi com o Celso Barros [presidente da Unimed], um cara legal. Cedi e fiz um contrato. Perdi para o Corinthians e fui mandado embora. O Fluminense não cairia comigo lá. Mas, como o Peter era candidato, me mandou embora para dizer: "Fui eu, Peter, que não deixei o Fluminense cair". Mas reconheço que ele é bom. Está preocupado em recuperar o clube", afirmou Luxa, recentemente, ao Jornal Extra.

Com uma espécie de clima de revanche, o experiente técnico reencontra o time do seu último trabalho e talvez o adversário preferido na atualidade. Provar que os tricolores estavam errados e conquistar mais um triunfo pelo clube do coração são os principais objetivos que Luxa vai levar ao banco de reservas do Maracanã. Tudo para virar uma página incômoda da carreira.

FOTO: UOL

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