Infelizmente tem sido um fato recorrente. A arbitragem brasileira continua muito abaixo do que se espera, e faz tempo.

No jogo entre Corínthians e Vasco no fim de semana, na Arena, em Itaquera, o gol da vitória corinthiana, feito por Jô, foi irregular.

O atacante utilizou claramente o braço para colocar a bola no fundo da rede e garantir a vitória do Timão, que beneficiado pelo fracasso dos concorrentes, aumentou a famosa “gordurinha” que tinha desperdiçado nas últimas rodadas.

Pelas imagens da TV (em ângulos diferentes), é possível observar, sem nenhuma dificuldade, que Jô empurrou a bola com o braço (a dúvida é saber se a bola estaria dentro do gol), após cruzamento de Marquinhos Gabriel.

Como na súmula o crédito foi dado ao atacante, o gol foi irregular, prejudicou o Vasco, que reclamou bastante após a partida.

O vice-presidente do clube carioca, Eurico Brandão, o Euriquinho, que criticou duramente a FPF, insinuou existir favorecimento ao clube paulista.

Jô foi questionado sobre o gol, afirmou não ter a convicção do desvio com o braço, e preferiu não falar sobre fair-play, que o favoreceu nas semifinais do Paulistão, quando Rodrigo Caio assumiu ter tocado no seu goleiro, livrando o atleta corinthiano de suspensão.

Nas redes sociais, críticas, muitas críticas a atitude do atleta, que poderia entrar no time de Rodrigo Caio, e ganhar elogios do mundo do futebol. 

Eu penso diferente, não existe no regulamento, seja qual for o esporte, uma regra que obrigue o atleta a confessar alguma infração que tenha passado despercebida pela arbitragem.

A postura do sãopaulino no Campeonato Estadual foi um fato isolado, e apenas mostrou a sua personalidade, por isso a repercussão positiva.

Não creio existir desonestidade dos árbitros (muitos erros acontecem em jogos do Corínthians), mas falta de competência e preparo.

Jô sabe que o gol foi irregular (certamente tinha essa convicção tão logo o jogo terminou), mas o silêncio ajudou a sua equipe a conquistar 2 pontos a mais.

Erros e acertos são verificados frequentemente, alguns não interferem em nada, outros mudam até o resultado de uma partida.

A solução será mesmo a utilização de recursos eletrônicos, que tornarão os jogos mecanizados, cheio de interferências, mas trazendo justiça ao resultado final.

Foto: Uol