Na mais recente lista dos clubes mais ricos do mundo, o PSG já ocupa a quinta colocação; o Chelsea é o sétimo

Na mais recente lista dos clubes mais ricos do mundo, o PSG já ocupa a quinta colocação; o Chelsea é o sétimo

Inevitavelmente, a reputação de Zlatan Ibrahimovic acabou concentrando as atenções para o confronto entre Paris Saint-Germain e Chelsea pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões da Uefa – os dois times fazem nesta quarta-feira em Paris o primeiro jogo da série, a partir de 15h45 (horário de Brasília). No entanto, a presença do sueco é uma trama paralela à história principal, que é o duelo de oligarquias que se tornou este PSG x Chelsea.

De um lado, uma equipe francesa em sua terceira temporada sob controle indireto da família real do Qatar, cujos investimentos apenas em jogadores já atingiram a marca de meio bilhão de dólares, mas que também foram acompanhados por uma injeção de ânimo na estrutura do clube. Do outro, um Chelsea pertencente a um bilionário russo que nos últimos anos já não assina cheques em branco, mas segue transformando a sorte da equipe londrina, anteriormente mera coadjuvante no equilíbrio de forças nacional e continental.

O Chelsea, ironicamente, serve de exemplo para o PSG. Bom e mau. Ao mesmo tempo que o poder de fogo financeiro trouxe expressivos resultados para o clube na primeira temporada sob comando de Abramovich (2003/4), quando chegou às semifinais da Liga dos Campeões (mesmo resultado da temporada seguinte, quando foi enfim campeão inglês após 55 anos), o Chelsea demorou oito temporadas para ser campeão europeu.

"Isso mostra como as pessoas se equivocam ao falar apenas do investimento. A Liga dos Campeões é uma competição muito mais difícil que as pessoas imaginam e a história do Chelsea é o exemplo", afirma o zagueiro Thiago Silva, capitão do PSG e da seleção brasileira.

A impressão, porém, é que os qatarianos pretendem levar o troféu para a França pela primeira vez desde 1993 em menos tempo que Abramovich o conquistou pela primeira vez para um clube londrino. Na semana passada foi anunciado que cada jogador do PSG receberá um bônus de US$ 1 milhão caso o time conquiste a Liga dos Campeões em maio.  Diferentemente do Chelsea, o clube parisiense alavancou de forma bem mais eficiente suas operações extra-campo.

Na mais recente lista dos clubes mais ricos do mundo, o PSG já ocupa a quinta colocação, tendo quadriplicado suas receitas comerciais em apenas duas temporadas – a posição que na temporada passada pertencia ao Chelsea, hoje em sétimo.

Depois de quase 20 anos de ausência, o PSG retornou à elite europeia na temporada passada – ironicamente, depois de se classificar como vice-campeão francês ao ser atropelado pela ''zebra" Montpellier. Caiu diante do Barcelona nas quartas-de-final, mas com dois empates. Saiu do torneio invicto, mas tem sido o suficiente para alavancar o interesse por um clube incrivelmente jovem para os padrões do futebol (foi fundado na década de 70) e que até a chegada dos qatarianos era mais conhecidos pelas arruaças levadas a cabo por torcedores de extrema-direita. Na gestão de Abramovich, o Chelsea também deixou para trás um passado de hoolliganismo, ainda que o processo já tivesse começado com a gentrificação da Liga Inglesa nos anos 90.

Único clube de expressão da capital francesa, o PSG quer pegar emprestado o glamour pelo qual a cidade é conhecida para se afirmar no cenário mundial. Derrotar o "mestre" Chelsea é passo fundamental nessa jornada.

Entre no Facebook oficial do Terceiro Tempo e registre sua torcida:

www.facebook.com/terceirotempo

Últimas do seu time