O treinador acredita que essa sequência fez grande diferença diante do Cerro Porteño

O treinador acredita que essa sequência fez grande diferença diante do Cerro Porteño

Após o empate com o Cerro Porteño em 1 a 1, o técnico Marcelo Oliveira e os jogadores apontaram o desgaste físico por causa da sequência de partidas decisivas como um dos principais fatores para o tropeço do Cruzeiro dentro de casa. Em função disso, o comandante cogita escalar até mesmo um time inteiro de reservas contra o Bahia no próximo domingo para possibilitar a recuperação dos atletas.

A série de jogos decisivos para o Cruzeiro começou diante do Universidad e Chile, há duas semanas. No dia 3 de abril, o time enfrentou os chilenos com a obrigação da vitória para se manter vivo na Libertadores e bateu o rival por 2 a 0, em Santiago. Depois teve que retornar às pressas para o primeiro jogo da final do Mineiro contra o Atlético-MG, em que segurou o empate sem gols no Independência.

Na semana seguinte a equipe repetiu a dose com jogo decisivo de Libertadores na quarta, dia 9, na vitória por 3 a 0 sobre o Real Garcilaso, e novamente teve que enfrentar o principal rival no Mineirão, no último domingo. O empate sem gols deu o título a equipe de Marcelo Oliveira, que mal pode comemorar e já teve que entrar em campo na quarta, realizando cinco 'finais' em apenas 14 dias.

O treinador acredita que essa sequência fez grande diferença diante do Cerro Porteño. "Achei que o Cruzeiro visivelmente estava mais desgastado fisicamente. Esse desgaste físico foi evidente porque o adversário não utilizou o time no último jogo. Nós usamos, não só usamos, como foi final, com um adversário duríssimo, o nosso maior rival, e com o gol na frente ficou muito a vontade pra o Cerro que sabe marcar bem e tocar a bola com tranquilidade", afirmou logo após a partida.

Pensando nisso, ele disse que analisará a partir desta quinta-feira o desgaste dos jogadores. Mesmo tendo a próxima semana cheia para trabalhar, já que enfrenta o Cerro Porteño novamente somente no dia 30 de abril, pode mandar até mesmo uma equipe completamente reserva a campo diante dos baianos para não correr o risco de ter novos problemas como aconteceu com Dagoberto e Ricardo Goulart.

"Vamos analisar, se tiver um jogador que tiver que tirar, temos qualidade suficiente para jogar com outro time até e jogar bem, iniciar bem o Campeonato Brasileiro. Era importante trazer essa força do entrosamento para esses jogos decisivos que passaram", ressaltou. "Vamos observar e ver quem está bem. Se puder levar alguém desse time, a gente leva. Se não, troca todo mundo", acrescentou.

Dentre os jogadores que mais preocupam o treinador, estão o lateral direito Ceará e o meia-atacante Júlio Baptista. Ambos foram substituídos no segundo tempo, por Mayke e Marlone, respectivamente, em função do desgaste físico. O próprio Marcelo Oliveira disse isso na entrevista coletiva.

Outro jogador que deverá ser poupado é o meia-atacante Everton Ribeiro, que foi o único dos titulares na linha de três meias em campo. "Eu escuto dizer que eu sempre faço as mesmas mudanças, que é o Everton Ribeiro, o Dagoberto, o Goulart, mas é por isso que troco, porque os três jogadores desgastam muito", comentou.

"Eles têm tripla função, marcam, armam o time e têm que chegar na área para concluir. Por isso, que o Dagoberto e o Goulart tiveram problemas, também era evidente o cansaço do Everton Ribeiro pela movimentação constante e até mesmo o Willian", observou.

No entanto, a greve dos policiais militares na Bahia poderá acabar beneficiando o Cruzeiro. A partida do Vitória pela Copa do Brasil, que aconteceria na quarta-feira, foi cancelada por falta de policiamento. O jogo do Bahia contra o Villa Nova-MG, nesta quinta, pela mesma competição, também está ameaçado, e se os policiais não voltarem a ativa até domingo pode não ter o duelo entre os campeões baiano e mineiro, que marcará uma troca de faixas.

Foto: UOL

 

 

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