Reclamação do presidente é pela anulação do gol de Pedrinho. Foto: Daniel Vorley/AGIF/Estadão Conteúdo

Reclamação do presidente é pela anulação do gol de Pedrinho. Foto: Daniel Vorley/AGIF/Estadão Conteúdo

O protagonismo do árbitro assistente de vídeo na final da Copa do Brasil deixou Andrés Sanchez irritado nesta quarta-feira (17), em entrevista após a derrota do Corinthians para o Cruzeiro por 2 a 1. O presidente alvinegro criticou o uso da tecnologia, que influenciou decisões centrais da arbitragem na partida.

"O Corinthians votou contra a situação do VAR, contra os valores. Nos dois lances, falam que foi e não foi. Se tem o VAR para interpretar, não é para ter VAR. O juiz foi [rever os lances] pelas duas interpretações. Então não é para ter VAR. Não pode dar a falta do Jadson que deu no gol. Foi mão no ombro e não no rosto. É interpretativo, ele não precisava do VAR. Mas infelizmente temos de conviver com isso", criticou Andrés.

A arbitragem de Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa/RJ) esteve sob escrutínio a partir do lance que originou o empate do Corinthians. Ralf caiu na área, em tese tocado por Thiago Neves, mas a arbitragem originalmente mandou seguir. Assim que a jogada terminou, no entanto, o juiz foi chamado pela equipe do VAR e foi rever a dividida na TV à beira do campo. Quando voltou, marcou o pênalti polêmico.

Minutos depois, outro lance duvidoso decidido pelo vídeo. Pedrinho acertou belo chute de fora da área e fez o que naquele momento seria o gol da virada do Corinthians, mas o filme se repetiu. Wagner Magalhães foi chamado no ponto eletrônico, reviu o lance e mudou de opinião, anulando o gol após concluir que Jadson teria feito uma falta em Dedé momentos antes do chute.

De acordo com as orientações da CBF, o VAR foi implantado nas fases finais da Copa do Brasil para auxiliar os árbitros a evitar erros técnicos. Na teoria, a equipe de vídeo tem obrigação de avisar o árbitro quando uma decisão tomada em campo estiver obviamente equivocada. Tanto o suposto pênalti em Ralf quanto a alegada falta em Dedé podem ser considerados interpretativos, o que fugiria do escopo da utilização da tecnologia.

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