No Defensores Del Chaco, o Nacional-PAR saiu na frente na disputa pela vaga na grande final da Taça Libertadores da América. A vitória por 2 a 0 diante do Defensor-URU foi fruto da ótima organização estratégica da equipe e da imposição de sua forma de jogo(principalmente no primeiro tempo).

Os paraguaios foram no 4-3-3 com triângulo de base alta no meio-campo, tendo mais intensidade e volume de jogo, usando das bolas longas e ligações diretas, e tentando acelerar a transição para pegar a defesa uruguaia com a marcação "atrasada" ou em fase de recomposição. Agradava a intensa movimentação ofensiva. Orué buscava a aproximação com Melgarejo pelo flanco direito do ataque; Torales se projetava por dentro para dar o passe, tabelar ou finalizar de fora da área; Melgarejo também ia na diagonal da direita pro meio e Benítez cortava pra dentro para tentar a aproximação com Montenegro ou quando a bola caía pelo lado oposto; E Montenegro fazia a parede, trabalhava de costas, girava, tocava, abria o jogo... Assim como no lance do gol, onde abriu com Benítez e infiltrou nas costas da defesa para finalizar.

Os uruguaios marcavam com duas linhas de quatro(se transformando num 4-2-3-1 em fase ofensiva) até bem compactadas, com curta distância entre si, balanceamento para o lado da bola e posicionamento de bloco médio para baixo, com suas linhas predominantemente postadas dentro da própria intermediária defensiva. Jogavam reativamente, deixando a equipe paraguaia propor jogo, porém, tinham dificuldades para encaixar o contra-golpe. Nos escanteios defensivos, marcavam individualmente no "meio" na área e dois jogadores marcavam a zona na primeira trave. Já o Nacional-PAR marcava por zona com muitos jogadores nas bolas paradas defensivas. Quando o Defensor tinha a bola nos pés, procurava a transição longa, usando de lançamentos para o campo de ataque na direção de Alonso e procurando bastante a saída com Felipe Gedoz, que buscava a jogada individual pelas beiradas, e De Arrascaeta, que recuava pra receber na intermediária e buscar o arranque nos contra-ataques ou tentar tabelas curtas com Alonso por dentro.

Na segunda etapa, o Defensor-URU inicialmente abriu De Arrascaeta pra jogar pelo lado, com a entrada de Nico Olivera. Com Boghossian atuando junto ao camisa 11, os uruguaios passaram a explorar mais a bola aérea ofensiva. Os paraguaios responderam recolhendo/recuando suas linhas após marcar o segundo gol com Orué, fechando uma linha de 5 jogadores na defesa e adotando uma proposta claramente contragolpista. No final, o Defensor ainda tentou reconfigurar-se para tentar algo, centralizando De Arrascaeta e colocando Luna para jogar mais aberto em algo próximo de um 4-1-3-2, porém, sem nenhum sucesso.

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