Diego Aguirre, técnico do São Paulo, observa treino da equipe. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Diego Aguirre, técnico do São Paulo, observa treino da equipe. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Com o empate por 0 a 0 com o Atlético-PR, no último sábado (20), no Morumbi, o São Paulo chegou à sexta partida consecutiva sem vencer. Tal desempenho preocupa a diretoria do clube e aumenta a pressão da torcida. A sequência é muito parecida com a que custou o emprego de Rogério Ceni na última temporada. No entanto, o uruguaio ainda não corre risco imediato no cargo, pois ainda tem crédito pelo trabalho apresentado na primeira metade do nacional.

Durante o Brasileiro de 2017, depois de chegar a ter o time sensação do país no Campeonato Paulista, Ceni não conseguiu mais bons resultados. Após superar o Vitória por 2 a 0, no dia 8 de junho, a equipe ficou também seis confrontos sem saber o que era ganhar. No total, foram quatro derrotas e dois empates. Neste ano, sob o comando de Aguirre, o time tem quatro empates e dois reveses. 

O desempenho do São Paulo no segundo turno do nacional de 2018 também é bastante semelhante ao apresentado pelo time de Ceni na temporada anterior. As duas equipes jogaram 11 vezes. Com Aguirre, o time conquistou duas vitórias, seis empates e perdeu três vezes - 36,36% de aproveitamento dos pontos. Com o ex-goleiro, tinham sido três triunfos, dois empates e seis derrotas - 33,3% de aproveitamento.

No entanto, Aguirre ainda tem a confiança de integrantes do departamento de futebol. Na visão dos dirigentes, o uruguaio deu uma identidade ao time e soube trabalhar com as peças que tinha à disposição. O problema, agora, é conseguir recuperar a confiança da equipe, que se abateu com os últimos resultados, e encontrar um substituto para Everton, em recuperação de lesão na coxa esquerda.

Já no caso de Ceni, pesou o fato de a relação dele com a cúpula do Tricolor na época não ser mais das melhores. Por causa da transferência de alguns jogadores, como Thiago Mendes e Luiz Araújo, houve atrito entre o ídolo e o então diretor executivo de futebol, Vinícius Pinotti. O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, também não mantinha mais uma relação tão boa com astro. O ambiente do elenco com a comissão técnica também já não era das melhores. Com tudo isso em mente, os dirigentes acharam melhor demitir Ceni.

Hoje, o ex-goleiro faz história no comando do Fortaleza. O time do ex-goleiro lidera a Série B do Campeonato Brasileiro, com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, Goiás, e segue firme na disputa por uma vaga na elite do nacional. Já o São Paulo é o quarto colocado na divisão principal, com 53 pontos, nove a menos do que o líder Palmeiras.

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