Aguirre pretende fazer com que os jogadores fiquem mais motivados para mostrar serviço

Aguirre pretende fazer com que os jogadores fiquem mais motivados para mostrar serviço

José Eduardo Martins
Do UOL, em São Paulo

Diego Souza acabou o jogo com o Santos neste domingo, no Morumbi, como herói. O atacante foi o autor do gol da vitória por 1 a 0 e deixou o gramado aplaudido pela torcida. Tal desempenho contrasta com o a situação de Valdívia. Por opção de Diego Aguirre, o meia atacante nem sequer foi relacionado para o clássico. Por mais que pareça estranho, a explicação para a ausência do jogador pode ser explicada pelo sucesso do companheiro. Afinal, o treinador uruguaio utilizou com Valdívia a mesma tática adotada para recuperar o camisa 9.

Após a semifinal do Campeonato Paulista, quando Diego Souza teve uma apresentação abaixo do esperado contra o Corinthians, ele chegou a não ser também inscrito nem para o banco de reservas. No primeiro jogo da Sul-Americana, contra o Rosario Central, por exemplo, o atacante não viajou com os companheiros para a Argentina e ficou no CT da Barra Funda para treinar. Na época, o jogador chegou até a cogitar a possibilidade de se transferir para o Vasco. Porém, a negociação não foi adiante. Com o passar do tempo, ele voltou a integrar o time e virou um dos principais nomes do time.

No caso de Valdívia a situação é parecida. Segundo o próprio Aguirre, a decisão de não relacioná-lo para o clássico deste domingo (20) não teve qualquer ligação com um problema externo - nesta semana familiares do meia atacante foram vítimas de um assalto no Mato Grosso. A ausência foi motivada, sim, pela queda de rendimento nas últimas partidas que ele disputou - contra Rosario Central e Bahia.

Com essa estratégia, Aguirre pretende fazer com que os jogadores fiquem mais motivados para mostrar serviço - tanto nas partidas quanto nos treinamentos. O uruguaio também é adepto do rodízio de atletas. No comando do São Paulo desde março, ele dirigiu a equipe em 16 oportunidades - sete vitórias, seis empates e três derrotas -, mas nunca repetiu a escalação.

"Deixa eu esclarecer minha ideia. Primeiro, que eu não mudo o time toda hora. Existem jogadores que jogam todos os jogos, troco alguns. No treino, tenho oportunidade de ver os jogadores no dia a dia. Não é que troco qualquer um. Tem coisas que têm para justificar. Os procedimentos têm de servir para dar continuidade ao jogo. Tenho 30 peças e muitas opções. Tenho de ser justo com todos", explicou Aguirre.

Emprestado pelo Internacional até o fim desta temporada Valdívia chegou ao São Paulo no início deste ano. Em suas primeiras partidas, ainda com Dorival Júnior como técnico, ele era teve boas apresentações e era visto até como xodó da torcida. No total, ele disputou 17 partidas e marcou três gols.

Foto: Rubens Chiri/São Paulo

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