Adriano (ex) Imperador voltou a ser jogador profissional, difícil é acreditar que dessa vez vai dar certo

Adriano (ex) Imperador voltou a ser jogador profissional, difícil é acreditar que dessa vez vai dar certo

Ele voltou. Foram quase dois anos parado. Pescoço largo, rosto um pouco rechonchudo, abdômen longe de ser aquele de oito anos atrás, movimentação lenta e pesada. Correu menos de 10 minutos, mal pegou na bola, mas ele voltou: Adriano, o (ex) Imperador.

Se aqueceu mais do que jogou, quando jogou, não teve desempenho algum (também pudera, são dois anos sem jogar e praticamente sem treinar), e quando saiu, falou, se emocionou e cogitou até uma vaga na Seleção Brasileira.

Difícil acreditar em Adriano. Voou, jogou muita bola até meados de 2007, foi para o São Paulo para se recuperar, jogou, mas saiu com fama de “indomável”. Retornou ao Flamengo em 2009, lugar onde começou a carreira, jogou e arrumou confusões na mesma quantidade. Foi para a Roma, não jogou. Chegou ao Corinthians em 2011, se machucou, engordou, brigou, não jogou. E até a última quinta-feira, não havia jogado. Ainda assim, Adriano falou em Seleção, e muitas outras pessoas cogitaram seu nome para servir o time de Felipão.

Claro, todos que falam em Seleção Brasileira fazem a ressalva: só seria possível caso o (ex) Imperador emagreça, tenha sequência, não se machuque, não arrume confusões, não falte em treinos, faça gols, muitos gols nos próximos dois meses e meio. Falar hoje em Adriano na Seleção é loucura. Aos 32 anos de idade, o (ex) Imperador é um ex-jogador de futebol tentando retornar. A verdade é que Adriano está longe até de ser titular absoluto do Atlético Paranaense, mais distante ainda de ser lembrado por Scolari.

Adriano só é lembrado e ainda é cogitado na Seleção Brasileira por dois motivos: o primeiro é o talento do (ex) Imperador. O potencial do ex-atacante da Inter de Milão é enorme, se bem fisicamente, é sem dúvida o principal centroavante do país; o segundo motivo é a ausência de um centroavante que tome conta da camisa 9 do Brasil e não deixe dúvidas na cabeça dos torcedores. Se Fred, o melhor centroavante que temos em atividade hoje, fosse totalmente confiável fisicamente, talvez ninguém se lembrasse de Adriano.

No Twitter: @lucas_creis

Foto: UOL

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