Futebol não é ciência exata, mas segue uma lógica. Plantou, colhe!

Futebol não é ciência exata, mas segue uma lógica. Plantou, colhe!

Corinthians e Palmeiras conquistaram um título nacional no ano passado. O Brasileirão foi para Itaquera e a Copa do Brasil para o Allianz Parque. Para a história, daqui algumas décadas, 2015 será lembrado como um grande ano, em que duas das maiores torcidas do país celebraram uma importante conquista. Mas hoje, poucos meses depois desses troféus, podemos muito bem usa-los para entender o momento dos dois clubes, a maneira como esses títulos foram alcançados e o que corintianos e palmeirenses podem esperar daqui para a frente.

O Corinthians mantém uma mesma mentalidade futebolística desde 2008, quando jogou a Serie B do Campeonato Brasileiro. Lembra da equipe de Mano Menezes? Dos jogadores, do perfil de contratações, da postura em campo, da atitude?

É claro que ano após ano o time foi se ajustando, se moldando a novas tendências, evoluindo. De lá para cá, vieram inúmeros títulos, como a própria Serie B, Copa do Brasil, Paulistão, Brasileiros, Recopa, Libertadores e Mundial. Mano Menezes e Tite comandaram esses conquistas. Mas o que proponho aqui é uma reflexão sobre a filosofia de futebol, que transcende a figura dos profissionais e fica enraizada nas entranhas do clube.

É claro que, taticamente, o Corinthians da segunda divisão de 2008 joga diferente do Corinthians campeão brasileiro do ano passado. Mas a identidade de jogo, perfil do "pensar futebol" é o mesmo.

Vamos comparar agora com o Palmeiras. Que de 2008 para cá também tem um título de segunda divisão. E o que mais? Um Paulistão e duas Copa do Brasil. Quantos técnicos passaram pelo clube neste período? Eles tinham o mesmo olhar sobre o futebol? Muricy Ramalhotem as mesmas convicções do argentino Gareca? As contratações do Verdão seguiram e seguem uma linha? O jogador tem tempo e respaldo para se encaixar ou é comum vermos jogadores serem contratados e saírem logo depois de alguns meses?!

O que o Palmeiras está fazendo agora sob a batuta do técnico Cuca é mais uma prova de que não se pensa o clube a médio prazo. Um inchado elenco vai tendo jogadores liberados e outros contratados sem o menor critério.

Futebol não é ciência exata, mas segue uma lógica. Plantou, colhe! Planejamento, convicção de ideias, persistência em um estilo, mesmo que ele falhe em alguns momentos costumam gerar conquistas. Isso explica o porque de uns anos para cá a galeria de troféus corintiana ter sido muito mais preenchida do que a palmeirense.

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